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Notícias / Educação

Trabalhadores da UFMT rejeitam proposta do governo de 23,58% de reajuste e mantêm greve por tempo indeterminado

Da Redação - Gustavo Castro

Os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na mesa de negociação do dia 21 de maio.

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Durante a assembleia geral realizada na terça-feira (28), a maioria expressiva da categoria votou contra o reajuste de 23,58% a ser pago em três anos, com 0% de reajuste em 2024. A categoria decidiu continuar com a greve e reivindicar um reajuste de 34,2%.

“Avaliamos que, se abaixarmos a proposta, o governo apresentará o mínimo, resultando em uma perda significativa em relação ao desejado. Esta é uma das maiores greves da categoria, com ampla adesão. É necessário endurecer as negociações para alcançar conquistas. Temos o pior salário de todo o serviço público federal. É esta a prioridade na educação prometida?”, questionou Marillin Castro, coordenadora administrativa do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação (Sintuf-MT).

O comando de greve anunciou a realização de atos unificados com a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) na próxima semana. O objetivo é intensificar e fortalecer a mobilização.

“A união de todas as carreiras que compõem a educação superior pública federal é fundamental para revelar à sociedade a real condição de trabalho na UFMT e no IFMT. Os trabalhadores estão preocupados com salários congelados e defasados, sem manutenção mínima do poder de compra. É preciso dar um basta nessa situação”, destacou Luzia Melo, coordenadora geral do Sintuf.

Outro ponto debatido foi a proposta sobre o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). A assembleia aprovou que o tema seja aprofundado no Grupo de Trabalho (GT) de carreira, com autonomia para deliberar sobre o assunto.

Informes Locais

Durante a assembleia, surgiram dúvidas sobre a contabilização dos servidores em greve. De acordo com o comando local de greve, a PROGEP (Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas) relatou que 700 servidores tiveram o código 65 (indicativo de greve) lançado no sistema de frequência no mês de abril. No entanto, o comando identificou várias inconsistências nesses números.

Os servidores do Hospital Universitário não foram incluídos nesse quantitativo devido ao uso de um sistema de frequência diferente; muitos servidores tiveram seus pontos não homologados durante todo o período de greve; há dúvidas sobre como a frequência dos servidores em Programa de Gestão de Desempenho (PGD) está sendo registrada.

Os trabalhadores foram orientados a verificar a homologação de seus pontos no sistema e solicitar a regularização, se necessário, através do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para a PROGEP.

(Com informações da assessoria)
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