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Fávaro diz que demissão "a pedido" foi com aval de Neri em ligação com presidente Lula: "fui gentil com ele"
Da Redação - Max Aguiar
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), refutou as falas do ex-secretário de Política Agricola e ex-deputado federal de Mato Grosso, Neri Geller (PP), e disse que o avisou sobre a saída por telefone na frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ministro, o caso é tratado como grave dentro do Palácio do Planalto e a demissão "a pedido" teria sido para preservar Neri.
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"Eu fui gentil com ele [Neri]. Liguei pra ele na frente do presidente Lula e disse pra ele: 'o fato é gigante. O caso é grave. Você complicou o governo'. Por isso, disse para ele: 'você pede para sair ou a gente te demite'. E então ele falou: 'faz como achar melhor'", disse Fávaro ao Olhar Direto. Teria sido a partir desse "aval" de Neri que o ministro optou por fazer o desligamento do ministério como sendo "a pedido" de Neri, como forma de preservá-lo.
Para a imprensa, desde que foi anunciado que seria demitido do cargo, na tarde de terça-feira (11), Neri disse que não foi avisado oficialmente sobre sua exoneração e deu entrevistas dizendo que foi "pego como bode espiatório" nesse caso do leilão de arroz. Mas, por ter membros da família de Neri e um ex-assessor como sócio de uma das empresas vencedoras, recaiu sobre Geller a suspeita de tráfico de influência no leilão de arroz.
No entanto, para o ministro e responsável pela pasta, a exoneração de Neri saiu "a pedido" como uma forma de reduzir danos à imagem do próprio Neri.
"É um caso difícil de explicar, explicar a relação que se criou e não comunicou o leilão. O tráfico de influência ficou evidente, comprovado e irrefutável. A anulação do leilão foi uma decisão do conselho. Quem habilita o leilão é a Bolsa de Valores e não o Mapa. Ai diante dos fatos, por não ter compromisso com erros, resolvemos anular. Repito, não temos compromisso com erro e nem com o errado", concluiu o ministro, que está nesta quarta-feira em evento oficial na cidade do Rio de Janeiro.
Por outro lado, Neri se mostra desolado. Sua exoneração saiu conforme informou o ministro: a pedido. Aos quatro cantos, Neri tem falado que foi traído e vai mostrar que não tem nada a ver com esquema. "Queria apenas ser avisado. Fui informado que estava fora pela imprensa", disse Neri.
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Para a imprensa, desde que foi anunciado que seria demitido do cargo, na tarde de terça-feira (11), Neri disse que não foi avisado oficialmente sobre sua exoneração e deu entrevistas dizendo que foi "pego como bode espiatório" nesse caso do leilão de arroz. Mas, por ter membros da família de Neri e um ex-assessor como sócio de uma das empresas vencedoras, recaiu sobre Geller a suspeita de tráfico de influência no leilão de arroz.
No entanto, para o ministro e responsável pela pasta, a exoneração de Neri saiu "a pedido" como uma forma de reduzir danos à imagem do próprio Neri.
"É um caso difícil de explicar, explicar a relação que se criou e não comunicou o leilão. O tráfico de influência ficou evidente, comprovado e irrefutável. A anulação do leilão foi uma decisão do conselho. Quem habilita o leilão é a Bolsa de Valores e não o Mapa. Ai diante dos fatos, por não ter compromisso com erros, resolvemos anular. Repito, não temos compromisso com erro e nem com o errado", concluiu o ministro, que está nesta quarta-feira em evento oficial na cidade do Rio de Janeiro.
Por outro lado, Neri se mostra desolado. Sua exoneração saiu conforme informou o ministro: a pedido. Aos quatro cantos, Neri tem falado que foi traído e vai mostrar que não tem nada a ver com esquema. "Queria apenas ser avisado. Fui informado que estava fora pela imprensa", disse Neri.