Imprimir

Notícias / Política MT

Governo de MT fecha venda de vagões do VLT ao governo da Bahia por R$ 793 milhões

Da Redação - Rodrigo Costa

Os estados de Mato Grosso e da Bahia e o Consórcio VLT Cuiabá chegaram a um acordo para venda de todos os vagões do Veículo Leve sobre Trilhos. O valor do acordo foi de R$ 793,7 milhões, que serão pagos pela Bahia em 4 parcelas anuais, sendo que a primeira será paga até 31 de dezembro deste ano e as demais na mesma data de cada ano até 2027. Todas as parcelas serão corrigidas pelo IPCA-E, a partir da data da assinatura do acordo.

Leia também
Assembleia aprova moção de repúdio contra Lula por ter chamado bebês fruto de estupro de "monstros"



Com o acordo, colocou-se um fim e os vagões que estão armazenados há 10 anos em Várzea Grande, serão remetidos para o Estado da Bahia.

O acordo foi mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em comissão formada pelo presidente Bruno Dantas, e contou com representantes dos poderes executivos e dos Tribunais de Contas dos Estados de Mato Grosso e da Bahia.

A composição envolveu a venda do material rodante e de equipamentos, bem como a extinção de 5 ações judiciais propostas pelo Consórcio VLT contra o estado de Mato Grosso e outras 2 propostas por Mato Grosso em face do Consórcio. 

A Bahia deu em garantia do pagamento das referidas parcelas ao estado de Mato Grosso o fluxo financeiro decorrente da sua cota no Fundo de Participação dos Estados (FPE).Vale ressaltar que o valor total é superior ao que foi pago pelo estado de Mato Grosso pelos trens, devidamente corrigidos pelo IPCA. 

Segundo o governo, o dinheiro que entrará no caixa Estado será o suficiente para custear todas as obras do Sistema BRT, no valor de R$ 468 milhões, e ainda sobram R$ 325 milhões para comprar os ônibus e realizar outros investimentos.

Logística

Em cinco meses os vagões começarão a ser transportados pela Bahia até a sede da fábrica da CAF, localizada na cidade de Hortolândia/SP, onde se submeterão a um processo de restabelecimento técnico para retomarem a sua capacidade operacional.

A solução consensual põe fim ao mais triste capítulo da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá e antecipa uma reparação ao patrimônio do Estado que, na melhor das hipóteses, demoraria ao menos uns 10 anos, sendo que a principal garantia, que são os trens, perde valor a cada ano.

O acordo será assinado em Brasília em data a ser definida pelo Tribunal de Contas da União.
Imprimir