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Secretária diz câmeras em fardas não agregam na atividade policial e ressalta que quem deveria ser vigiado é bandido

Da Redação - Rafael Machado

A secretária estadual de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Grasielle Bugalho, se posicionou contra a proposta que estabelece a instalação de câmeras nas fardas dos policiais para monitoramento.

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Na avaliação da gestora, que também é tenente-coronel da Polícia Militar, o equipamento não agrega nas atividades dos militares e que há outros assuntos voltados à segurança pública que deveriam ser debatidos com prioridade.

“Eu sou extremamente contra. Não a câmera em si, se a câmera estivesse sido pensado como uma forma de agregar ao trabalho policial, sim, mas não é esse o intuito. Eu acho que nós temos muitas coisas para discutir na segurança pública antes de inverter o valor”, ressaltou.

A discussão sobre o tema começou há dois anos, quando o deputado estadual Wilson Santos (PSD) apresentou um projeto de lei que obrigava o monitoramento da atividade policial, destacando outros estados que adotaram a mesma medida e tiveram redução na letalidade.

No entanto, o governador Mauro Mendes (União) se posicionou contra acoplar câmeras no fardamento dos militares. Ele considerou uma “hipocrisia” a medida, enquanto as facções crescem no país e os crimes de latrocínio e homicídio.

Essa também foi a avaliação da secretária, que ponderou que quem deveria estar sendo vigiado são os criminosos e não os policiais.

“Quem tem que ser realmente vigiado é o bandido, precisamos ter um sistema penal no Brasil que faça a reeducação tão falada que a gente não vê na atualidade, para que nós, sociedade, não nos tornamos refém dentro as nossas casas, trancados e vigiados com câmera enquanto a criminalidade fica na rua. Essa é a inversão que infelizmente é impossível aceitar”, disse.
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