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Comissão de Ética define Wilson Kero Kero como relator da Comissão Processante contra Marcrean

Da Redação - Rodrigo Costa

A Comissão de Ética e Decoro da Câmara de Vereadores de Cuiabá definiu nesta terça-feira (13) o vereador Wilson Kero Kero (PMB) como o relator da comissão processante contra o vereador Marcrean Santos (MDB), acusado pelo médico Marcus Vinícius de ter invadido a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Na ocasião, o parlamentar argumentou que estaria "fiscalizando" o local.

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A escolha do nome de Kero Kero ocorreu na reunião realizada nesta terça. A sugestão partiu do vereador Renivaldo Nascimento (PSDB). “Sem problemas. Eu ia sugerir também o vereador Renivaldo, mas a missão foi dada. Vamos cumprir”. Renivaldo compõe como membro e o vereador Rodrigo Arruda é quem preside a Comissão. 

Segundo Arruda, Marcrean e o médico Marcos Vinícius, autor da denúncia contra o parlamentar, serão oficiados já na próxima semana para serem ouvidos. Além deles, o presidente do CRM de Mato Grosso, Diogo Leite Sampaio, deve ser convocado. 

Kero Kero sugeriu para o presidente que fossem convocados todas as testemunhas que estavam na UTI e presenciaram a confusão entre médico e o vereador para “apurar e concluir os fatos".  A data das oitivas ainda não foi definida. 

Após o caso, o CRM-MT chegou a emitir uma nota exigindo a “imediata apuração rigorosa dos fatos e a cassação do referido vereador”. E pede que sua postura seja investigada do ponto de vista do decoro parlamentar, “pois há evidências claras de abuso de autoridade, o que é absolutamente incompatível com o cargo que ocupa”.

O documento ainda mencionava que a invasão do vereador à UTI e sua interferência direta na conduta médica representam um risco sério e real à vida dos pacientes, que “necessitam de um ambiente de tratamento seguro e protegido”. O CRM enfatizou  que ações como essa comprometem gravemente a qualidade do atendimento médico e a confiança da população nos serviços de saúde pública.

Para o CRM, a atitude do vereador configurava um grave caso de improbidade administrativa e uma clara violação da Lei de Abuso de Autoridade. Diz ainda que demonstra um flagrante abuso de poder e ausência de decoro.
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