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Kennedy desconversa sobre corrupção na Saúde de Cuiabá e questiona intervenção estadual

Da Redação - Airton Marques

O empresário Domingos Kennedy (MDB), candidato à Prefeitura de Cuiabá, evitou se aprofundar sobre as denúncias de corrupção na área da saúde municipal durante a gestão do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Em entrevista ao PodOlhar, Kennedy afirmou que qualquer irregularidade deve ser apurada, mas questionou a efetividade da intervenção estadual realizada na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em 2023. A gestão da saúde de Cuiabá foi alvo de diversas operações policiais nos últimos anos, incluindo afastamentos de servidores e investigações relacionadas à má administração de recursos.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM  DOMINGO KENNEDY, CANDIDATO A PREFEITO DE CUIABÁ:



"Olha, quanto à corrupção, tem que ver se realmente houve, tem que ser apurado, comprovado e condenar quem estiver nesse processo", declarou Kennedy, sem entrar em detalhes sobre as operações que atingiram a gestão de Pinheiro. O candidato disse que, caso eleito, a saúde será uma de suas prioridades, e que pretende, junto com sua equipe, identificar e resolver os problemas do setor. "Eu vou resolver, eu vou entrar na saúde, vai ser uma das minhas prioridades também com a minha equipe, vamos olhar, vamos identificar tudo, quais são os gargalos que nós temos hoje na Prefeitura", afirmou.

Kennedy também expressou ceticismo quanto aos resultados da intervenção estadual na saúde de Cuiabá. A medida, que foi adotada com o objetivo de reorganizar o setor diante de falhas administrativas, foi alvo de questionamentos por parte do candidato, que destacou o baixo impacto financeiro da iniciativa. "Todo mundo fala que a saúde, todo mundo rouba, faz isso, faz aquilo, não tem gestão nenhuma, mas me fala aqui, você sabe dizer para mim qual foi a economia que a intervenção fez em um ano? Fez uma economia de R$ 3 milhões em um ano", disse ele.

Para Kennedy, o valor economizado não justifica a intervenção, e ele sugere que a situação da saúde não é tão grave quanto inicialmente apontado. "Quer dizer, aí devolveram, não querem mais, não querem mais. Por quê? Porque, na minha opinião, olhando o cenário, viram que não tem tanta coisa errada", disse. O candidato também mencionou o impacto dos atendimentos de pacientes de outras cidades no sistema de saúde de Cuiabá, afirmando que isso gera um custo que não é adequadamente coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "60% do atendimento vem de fora", afirmou, citando exemplos de pacientes transferidos de municípios vizinhos e o custo adicional para a prefeitura.

Kennedy indicou que, se eleito, pretende revisar os gastos e buscar soluções para o financiamento do sistema de saúde municipal. "Vou enxergar isso, eu vou olhar, eu vou saber de quem é a conta aqui, entendeu? E vou atrás de quem? De direito, com todo respeito. Falando, ó, essa conta não é minha, a conta é sua", concluiu.

A saúde tem sido um dos temas centrais da campanha para a Prefeitura de Cuiabá, especialmente devido às investigações que envolveram a gestão de Emanuel Pinheiro. Kennedy, que se apresenta como o candidato da continuidade do MDB, busca desviar o foco das denúncias e enfatizar suas propostas para o setor.
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