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Crianças de 4 e 9 anos são encontradas com marcas de espancamento e queimaduras de cigarro pelo corpo

Da Redação - Michael Esquer

Uma família foi denunciada nesta quinta-feira (5) pelo crime de maus tratos contra duas crianças de 4 e 9 anos de idade no bairro Jardim Alá, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Na ocasião, os menores foram encontrados com marcas de queimadura de cigarro nas pernas, de espancamento e hematomas no pescoço. A avó, a mãe e outro familiar foram liberados em seguida por não ter havido flagrante da ocorrencia.

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De acordo com a Guarda Municipal de Várzea Grande (GMVG), os agentes da corporação foram solicitados por volta de 23h por uma conselheira do Conselho Tutelar da cidade. A denúncia apontava que um caso de agressão contra criança estava acontecendo na rua Jacarandá. 

No local, os guardas encontraram uma casa completamente escura, com as luzes todas apagadas. Após escutarem o bater de palmas dos agentes, saíram da residência dois familiares das crianças, identificadas apenas como C.R.P., o homem de 40 anos, e M.C., a avó de 62 anos. 

Questionados sobre a suposta agressão, eles disseram que não tinham conhecimento sobre os fatos. Após insistência, a dupla disse que, na verdade, a casa das crianças ficava ao lado. Na residência, a equipe foi recebida pela mãe das crianças, identificada como M.L.P., de 34 anos. 

Aos agentes, ela disse que era diarista e que tinha saído de casa às 6h para ir para o trabalho. Ela foi questionada pela conselheira tutelar sobre as agressões e também para que apresentasse os menores. Na abordagem das crianças, foi, então, constatado as várias lesões de marcas de cigarro, espancamento e possíveis chupões com hematomas no pescoço. 

Em entrevista aos agentes, C.R.P. disse que também tinha saído de casa cedo naquele dia, por volta de 6h10. A avó das crianças disse que percebeu as agressões por volta de 9h. Questionada porque não acionou os órgãos competentes, ela disse que aguardou a chegada da mãe do serviço. 

A mãe, por sua vez, não fez nenhuma representação do ocorrido. Aos agentes, porém, ela também disse que na quarta-feira (4) as crianças não tinham nenhum sinal de agressão. 

Diante dos fatos, os três familiares das vítimas foram encaminhados para a Central de Flagrantes da cidade. Na abordagem, o senhor C.R.P. se alterou e começou a dizer que não iria e, por isso, teve que ser algemado. A avó também chegou a fugir do local e se escondeu em uma casa próxima, mas foi capturada. 

Vale destacar que após a condução, os três foram liberados e voltaram para casa junto com as crianças. Isto porque não houve a declaração de flagrante pelo delegado do caso. 
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