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Bolsonaristas pressionam bancada de MT por apoio a CPI do abuso de autoridade do STF e TSE; quatro assinaram

Da Redação - Érika Oliveira

O deputado federal Marcel Van Hattem (NOVO), do Rio Grande do Sul, anunciou em suas redes sociais na noite desta quarta-feira (23) que faltam 21 assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar suposto abuso de autoridade por parte de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na lista compartilhada pelo parlamentar constam quatro deputados de Mato Grosso. Nas redes sociais, bolsonaristas pressionam a bancada eleita – que ainda não tomou posse – para ampliar o apoio.

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Conforme a publicação de Van Hattem, os deputados Dr. Leonardo (Republicanos), Juarez Costa (MDB), Jose Medeiros e Nelson Barbudo, ambos do PL, já aderiram ao pedido.

Desde que a nova investida bolsonarista contra as instituições passou a ser defendida, a bancada eleita no Estado – que toma posse somente em fevereiro e, portanto, não pode assinar o requerimento – vem sendo pressionada. Deputados como Fábio Garcia (UNIÃO) e Amália Barros (PL) tiveram que se justificar aos seus eleitores.

Sem citar nomes, bolsonaristas apostam ser possível “virar o voto” de pelo menos mais dois deputados mato-grossenses para que a CPI passe a tramitar. Dos parlamentares que estão fora da lista compartilhada por Van Hattem, no entanto, dois integram a transição do governo eleito de Lula (PT) – Rosa Neide (PT) e Neri Geller (PP) –, enquanto Carlos Bezerra e Emanuelzinho, do MDB, além de estarem alinhados a futura gestão petista sempre se posicionaram contra a agenda de enfrentamento aos Poderes.

Para que o pedido seja formalmente apresentado é necessário o apoio de 171 deputados após a leitura do requerimento pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

O documento pede que a CPI investigue casos protagonizados por ministros do STF e do TSE, incluindo os mandados de busca e apreensão contra empresários que defenderam golpe militar, o bloqueio de 43 contas de empresas e pessoas físicas suspeitas de financiarem atos antidemocráticos após a vitória de Lula e o bloqueio às redes sociais de parlamentares, além de decisões contra a produtora bolsonarista Brasil Paralelo e a TV Jovem Pan.
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