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Mauro afirma que intervenção já diagnosticou problemas 'dez vezes mais graves que falta de médicos e medicamentos'

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que já é possível adiantar que a intervenção na Secretaria de Saúde de Cuiabá já encontrou problemas bem mais graves que a falta de médicos e medicamentos nas unidades. Ainda nesta terça-feira (3), Mauro se reúne com o interventor Hugo Felipe; a expectativa é de que o procurador do Estado apresente as informações iniciais e todas as medidas já tomadas desde o dia 29 de dezembro, quando foi nomeado.

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“Já me adiantou outras coisas que são dez vezes mais graves que falta de médicos e de medicamentos. É preciso que ele faça um relatório primeiro aos órgãos de controle, judiciário e depois dar publicidade para a imprensa”, afirmou, durante entrega de novas armas para a Polícia Militar.

“Que está um caos, isso o cidadão que usa a saúde sabe. A Justiça determinou essa intervenção, nós, obviamente cumprimos, estamos lá fazendo um trabalho técnico, bem feito, para que num rápido espaço de tempo a gente consiga ter um diagnóstico do porque chegou nesse caos e recuperar a qualidade desses serviços, pois hoje as pessoas estão morrendo por falta de atendimento”, completou, criticando a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), seu rival político.

Mauro ponderou que é difícil prever quando as medidas tomadas pelo interventor irão, de fato, surtir efeito na prestação do serviço ao cidadão. Garantiu, no entanto, que a meta é fazer o levantamento dos problemas e apresentar um plano de ação o mais rápido possível. Conforme decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJMT), a intervenção pode durar até abril.

“Difícil prever, pois quando se chega num lugar tão bagunçado, até para fazer um diagnóstico não é fácil. A prefeitura não tem credibilidade. Atraso com fornecedor já chega a três, quatro meses. Não é fácil, vou ter uma reunião agora no final do dia. Como eu quem indiquei o interventor, tenho responsabilidade direta”, disse.

“Vi que o interventor está fazendo o trabalho de recadastramento dos servidores, indo em todas as unidades fazendo o ‘cara, crachá’. Assim como, fazendo o recadastramento de todos os fornecedores, das notas fiscais, para saber se tem algo na gaveta, se o dado que está no sistema é o correto ou algo fora da contabilidade da saúde. Acho que rapidamente nós vamos poder apresentar ao Ministério Público e Judiciário”, pontuou.
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