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Júlio Campos critica articulação do União Brasil em MT e diz que 'partido está devagar, quase parando'

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

O deputado estadual Júlio Campos (UNIÃO) criticou nesta segunda-feira (19) a articulação política do União Brasil em Mato Grosso, tendo em vista a aproximação das eleições de 2024. Segundo ele, integrantes da sigla em municípios do interior do estado têm o pressionado e ameaçado deixar o União, citando desorganização da diretório e também a falta de perspectiva de candidatura ao pleito do próximo ano. 

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“Eu estou sendo muito pressionado”, disse. “Está uma situação muito difícil. O partido está, como eu disse, devagar, quase parando. Prejudicando o partido, prejudicando os nossos companheiros do interior, que querem formar o diretório, que querem ter garantia que serão candidatos”. 

Atualmente, o União Brasil de Mato Grosso é presidido pelo governador Mauro Mendes. Questionado se o desempenho de  Mendes no comando da sigla é insuficiente, Júlio respondeu que as prioridades do chefe do Executivo são “as coisas do governo”; 

“Ele tem pouco tempo para discutir os assuntos porque ele tem tanta atividade de governador. Você vê quantos eventos tem por dia aqui no Palácio. Nós, deputados, somos convidados para os eventos e para viagens com o governador. Não podemos participar porque senão a gente ficaria só deixando de ter nossa atividade legislativa para cuidar da atividade representativa aqui no Palácio”, citou. 

Para Júlio, Mendes reconhece, sim, as dificuldades de conciliar os dois cargos - governador e a presidência do União. Ele, por sua vez, sugeriu que o comando da sigla passasse para algum outro nome, como forma de alavancar o partido para a disputa eleitoral de 2024. 

“Ele mesmo já entende que dificilmente tem como tocar o partido. Teria que um dos vice-presidentes, são dois ou três vice-presidentes, assumir de fato, não de direito, mas de fato a presidência e o comando do partido para organizar o partido para o ano que vem”, sugeriu. 

Júlio reforçou ainda que essa inação tem deixado o União para trás comparado a movimentação de outros partidos. Essa situação, segundo Campos, pode ser confirmada por outros parlamentares da legenda, como o deputado Sebastião Rezende, Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco.  

“Todos os partidos estão se movimentando e estão levando muitos aliados nossos. Você tem ideia, nem Cuiabá, que é capital, até hoje não montou o diretório municipal, nem a capital”, finalizou. 
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