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Dono de distribuidora em Cuiabá flagrado com R$ 1,3 milhão adulterava lacres de cervejas desviadas da Ambev

Da Redação- Amanda Divina/ Do Local - Gustavo Castro

Investigações da Polícia Civil apontam que o empresário Leandro Queiroz Gontijo adulterava lacres de bebidas alcóolicas para serem distribuídas. Gontijo é proprietário da distribuidora Itália, em Cuiabá, e foi preso pela polícia por envolvimento no desvio de cargas da Ambev. Ele foi detido com R$ 1,3 milhão em um cooler.

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A investigação da Polícia Civil apurou que os desvios das bebidas alcoólicas das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois, produzidas pela cervejaria instalada na capital, eram feitos por funcionários da fábrica e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam em funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores.

O grupo envolvido desviava as cargas que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração pelo conferencista e o porteiro da cervejaria confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica.

Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores. Um deles, a distribuidora Itália, que fica no bairro Renascer. Foi realizada uma perícia nas bebidas ofertadas pela distribuidora, comprovando a adulteração dos lacres.

"Isso foi comprovado através do exame de perícia que realmente havia cerveja adulterada, falsificada. Me refiro ao lacre da cerveja. A gente ainda não fez um análise sobre o conteúdo, sobre o líquido propriamente dito, mas os lacres eram adulterados", afirmou o delegado Dr. Luiz Felipe Leoni.

Apesar da comprovação, o delegado afirmou que ainda está sendo investigação o repasse de bebidas da distribuidora para mercados. Porém, foi informado que a empresa vendia as cervejas abaixo do preço.

"A gente percebeu que essa distribuidora era a principal receptadora desses produtos desviados dessa cervejaria. A gente ainda não consegue saber ainda se essa relação contratual estabelecida com essa distribuidora e esses mercados, havia alguma conivência. Ainda não podemos afirmar nesse momento", reforçou a autoridade policial.
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