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Preso por assassinato no Shopping Popular responde por outro homicídio em Minas Gerais

Da Redação - Gustavo Castro / Do Local - Luís Vinicius

Investigações da Polícia Civil apontam que Wanderlei Barreiro da Silva, um dos mandantes da morte de Gersino Rosa dos Santos, o Nenê Games, no Shopping Popular de Cuiabá, já tem passagem por outro homicídio ocorrido em Uberlândia (MG). Ele e sua mãe, Jocilene Barreiro da Silva, foram presos em Campo Grande (MS) na terça-feira (2) e chegaram em Cuiabá nesta quinta-feira (4).

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O delegado Nilson Farias, que investiga o caso, não deu detalhes sobre o crime. Segundo a autoridade policial, Wanderlei matou uma pessoa após reagir a uma tentativa de homicídio e atirar no rival.

“O Wanderley já tem passagem [por homicídio]. Uma investigação no homicídio em Uberlândia, e a mãe dele já foi pega com porte ilegal de arma de fogo em outro período”, disse.

“Segundo nós levantamos, algumas pessoas foram ao local para matá-lo, mas ele conseguiu reagir e uma das pessoas morreu no local”, acrescentou.

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4), para falar sobre o caso, Nilson ainda afirmou que Nenê pode ter sido assassinado por motivos de vingança, por ter supostamente ordenado o homicídio de Girlei Silva da Silva, conhecido pelo apelido de Maranhão. Girlei era filho de Jocilene e irmão de Wanderlei.

Para o homicídio, os suspeitos teriam contratado Silvio Junior Peixoto, 26 anos, responsável pelos disparos que mataram Gersino e o funcionário de outro box do local, Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, de 27 anos, que também foi atingido e não resistiu. Silvio foi preso em Minas Gerais.

Antes do assassinato de seu filho Girlei, a mãe presenciou uma discussão entre ele e Gersino. Segundo as investigações, a briga foi motivada por um celular com defeito que Girlei havia comprado na loja de “Nenê”.

Dias depois, "Maranhão" foi assassinado. Convencida de que Gersino era o mandante do crime, a mãe ordenou a morte dele. Para o delegado, ela, ao querer fazer "justiça com as próprias mãos", pode ter acabado com a vida de inocentes. 

“As leis existem para serem seguidas e, nesse caso específico, eles quiseram fazer justiça com as próprias mãos, e até por esse motivo o nome da operação é Vindicta, que é a vingança. Foi uma vingança com as próprias mãos”, disse Farias.

A autoridade policial afirmou que a investigação sobre a morte de "Maranhão" está correndo na mesma DHPP que trata do duplo homicídio no Shopping Popular. Diz, no entanto, que até o momento não tem conhecimento da participação de Gersino no crime.

“Agora também vamos trabalhar nesse outro homicídio para saber se foi ou não, porque a princípio pode ser que nem tenha sido ele e infelizmente por uma avaliação precipitada, ele acabou pagando com a própria vida, por algo que talvez nem tenha cometido”, afirmou Nilson.

No dia do crime, Silvio, Jocilene e Wanderlei estavam em Cuiabá.

“De lá ele fez uma viagem de Uberlândia para Campo Grande e de Campo Grande vieram os três, a mãe, o filho e o contratado para executar.

“A mãe estava muito ansiosa para que acontecesse isso [o assassinato], para ver talvez se dava um acalento no seu coração, pela perda do seu filho”. 
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