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Ex-BBB critica lei de MT que limita cuidados íntimos de pacientes a enfermeiros do mesmo sexo: veja vídeo

Da Redação - Rodrigo Costa

O ex-participante do reality show Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo, Cézar Black, que é enfermeiro, criticou a lei  estadual de Mato Grossol nº 12.542/2024, sancionada em junho, que determina que os cuidados íntimos de pacientes, como banho e troca de fraldas, sejam realizados por profissionais de enfermagem do mesmo sexo. Ele se referiu a situação como “esdrúxula” e disse que o PL trata os enfermeiros com “enorme preconceito e desrepeito”.  

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Em um vídeo postado em suas redes sociais, Black afirmou que 85% dos profissionais do setor são do sexo feminino, ante 15% masculino. E ilustrou a situação com o seguinte questionamento: “Na prática, se tivermos 50 pacientes internados e 40 sejam homens e [tenha] apenas um [enfermeiro] de plantão, esse cara vai dar conta de atender 40 pessoas? Realizar banho de leito, troca de fralda? Quem vai perder é o paciente que vai ficar sem o cuidado mínimo, básico assistencial que a enfermagem é especialista nisso", disse.

Ainda em sua fala, criticou também o fato de a lei não ser aplicada a outras profissões. “Com todo respeito às demais classes profissionais, porque essa lei se aplica apenas à enfermagem? Os pacientes têm o DIREITO de recusar atendimento por um determinado profissional ao se sentir desconfortável, porém vocês já pensaram nos pacientes de UTI, dos pacientes em coma, dos idosos, dos acamados que não conseguem realizar sozinhos as necessidades básicas?”, escreveu. 

O enfermeiros continuou suas críticas citando como seria o atendimento num pronto socorro ser bloqueado por falta de profissionais homens ou mulheres de plantão. “Já imaginou chegar numa unidade hospitalar e seu familiar ficar EVACUADO 12h por falta de profissionais mulheres no plantão?”, questionou.  

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) se manifestaram contra a lei.

Em meio às críticas, existia um acordo entre os deputados estaduais para revogar a lei na sessão de quarta-feira. Contudo, um pedido de vista solicitado pelo deputado estadual Sebastião Rezende (UNIÃO) adiou a revogação. Com esse pedido, a análise do projeto ficará para depois do recesso parlamentar, ou seja, somente em agosto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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