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Vereador e advogado formam dupla indiciada por calúnia e difamação contra juíza

Da Redação - Luis Vinicius

O vereador João Bosco de Oliveira e Silva (PP) e o advogado Fábio Pádua foram indiciados pela Polícia Civil de Poconé (100 km de Cuiabá) por crimes de calúnia e difamação contra a juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Vara Única da cidade. Eles teriam sugerido em um grupo de troca de mensagens que a magistrada estaria praticando supostos atos ilícitos em favor do prefeito, Tata Amaral, ao consentir e não agir sobre supostos crimes praticados na Prefeitura.

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De acordo com a Polícia Civil, sem elementos que pudessem comprovar a alegação, em um dos áudios, um dos investigados afirmou que tinha informações de que a juíza seria removida de Poconé e que o prefeito teria que: “preparar o dinheiro para comprar outro magistrado”, além de dizer que “enquanto esse promotor e essa juíza tiverem aqui não acontece nada” (sic).
 
O outro investigado afirmou que: "enquanto esse promotor e essa juíza estiverem aqui não acontece nada com o prefeito, eu falo, ele vai preso, mas depois que ele sair da prefeitura, que ele não tem mais como manter o ... entendeu... não é só os vereadores, é... é tudo, ele amarrou tudo aí. Ele amarrou tudo” (sic). Devido ao fato estar em segredo de Justiça, não foi possível identificar os autores de cada acusação.
 
A reportagem apurou que o advogado foi intimado três vezes, e não compareceu à delegacia para ser ouvido. O outro investigado confirmou a autoria do áudio, mas que a mensagem foi feita em uma conversa privada e não apresentou nenhum dado que comprovasse as afirmações divulgadas contra a juíza.
 
Ambos foram indiciados pelos crimes de calúnia e difamação, com o aumento de pena por atingirem a honra de uma servidora pública em razão de suas funções. As penas podem chegar a quatro anos de detenção.
 
O inquérito policial (IP) agora será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJMT) e ao Ministério Público (MPMT). A reportagem não conseguiu contato com os indiciados.
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