Imprimir

Notícias / Política MT

Vereadores adiam votação de afastamento de Paccola; requerimento vai à CCJR

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Airton Marques

Os vereadores adiaram a votação do afastamento imediato do vereador tenente coronel Paccola (Republicanos), aprovando um requerimento do vereador Sargento Vidal (PROS) na sessão desta quinta-feira (14). Com isso, a votação acontecerá somente após o recesso legislativo, no dia 2 de agosto. Houve 15 votos favoráveis ao requerimento, e 7 contrários (um dos votos, da vereadora Edna Sampaio, foi oral). 

Leia também:
Familiares e amigos de agente morto por Paccola acompanham votação de afastamento do vereador

O vereador Sargento Vidal argumentou que o pedido de afastamento deveria passar pela Comissão de Constituição e Justiça e Redação (CCJR) em respeito ao regimento da Casa de Leis. Logo em seguida, Paccola solicitou que os pares votassem contra o requerimento de Vidal, porque não queria que o assunto fosse prolongado. 

Neste meio tempo houve, ainda, uma confusão entre os vereadores e a sessão foi interrompida. No retorno, o requerimento de Vidal foi aprovado. O vereador Paccola pediu a palavra, o que foi permitido pelo presidente da Casa, Juca do Guaraná Filho (MDB): "Não poderia deixar de justificar porque eu votei contrário ao requerimento. Porque tivemos muito tempo. Isso está tendo uma repercussão (...) eu ainda não tive acesso ao pedido do MP nem a decisão de juiz, mas ao ver que falam que eu estava fazendo autopromoção, usando para fins eleitoreiros, quando eu estou sendo triturado por uma máquina financiada com dinheiro público da publicidade. Não gostaria que fosse prorrogado em consideração às pessoas que vieram aqui", justificou.

A vereadora Edna Sampaio (PT), autora do pedido de afastamento de Paccola, votou 'sim' para que a votação do afastamento fosse adiada: "Entendo que haja dúvidas aqui, que muitas vezes são casuístas e oportunistas (...) vejo que eu votei a favor do pedido do Sargento Vidal porque fiquei muito incomodada com o fato do vereador Marcos Paccola ter dito que gostaria que votasse hoje, como se fosse da condição dele decidir o que essa casa tem que fazer com relação ao caso que diz respeito a ele", justificou. "Aqui nessa casa o vereador terá todas as condições de fazer sua defesa e do contraditório, o que não foi dado ao Alexandre Miyagawa", completou. 

O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) afirmou que a votação deveria ter acontecido nesta quinta-feira (14) porque já houve tempo para pautar esse pedido, e em respeito aos familiares e amigos que estão presentes no plenário.

Já Chico 2000 (PL) disse que sempre soube que a votação estava irregular, e que Vidal requereu o procedimento de forma correta. Dilemário Alencar (PODE) afirmou que Edna está "usando a tragédia para fazer palanque político" e defendeu que qualquer votação sobre o caso só aconteça depois do fim do inquérito policial. 
Imprimir