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Acusado de armar bomba próximo a aeroporto de Brasília se entrega à polícia em MT

Da Redação - Airton Marques e Fabiana Mendes

O bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, se entregou à Delegacia da Polícia Judiciária Civil (PJC) de Comodoro (636 Km de Cuiabá), no início da tarde desta terça-feira (17). Procurado pela Polícia Federal desde o final de dezembro, o golpista é acusado de planejar e tentar executar a explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal.

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De acordo com o delegado Eduardo Ribeiro, assim que Alan se entregou, foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça. "Ele se entregou após muita negociação com a Polícia Civil de Comodoro e Vila Bela da Santíssima Trindade. Escolheu o caminho mais fácil e está à disposição da Justiça".

Na semana passada, Alan e outros dois extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - George Washington de Oliveira Souza e Wellington Macedo de Souza - se tornaram réus, por ordem do  juiz Osvaldo Toavani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal.



Eles foram acusados do crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal. Em caso de condenação, a pena é de três a seis anos de reclusão e multa. 

O juiz levou em conta a confissão feita por George Washington Souza. Ele disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser seu parceiro.

Já Wellington Souza teria sido o responsável por colocar a bomba no caminhão que foi encontrado pela polícia nos arredores do aeroporto de Brasília. Além do crime de explosão, o trio responde por terrorismo em um processo que tramita na Justiça Federal. 

A prisão preventiva de Alan foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 6 de janeiro. No domingo (15), o Fantástico, da TV Globo, mostrou imagens de câmeras de segurança que flagraram o momento em que o mato-grossense deixou uma bomba caseira em caminhão de transporte de combustíveis, em posto próximo ao aeroporto de Brasília.

Investigação do caso

A apuração do caso começou depois que a polícia descobriu, na véspera do Natal, um artefato explosivo dentro de um caminhão com querosene perto do Aeroporto Internacional de Brasília. 

Segundo George Washington Souza, o objetivo era radicalizar os apoiadores de Bolsonaro. Ele também pretendia entregar armas aos manifestantes golpistas que estavam acampados em frente ao quartel general do Exército em Brasília.
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