Fotos e vídeos mostram o recambiamento do bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, acusado de planejar e tentar executar a explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal. O homem se entregou na Delegacia de Polícia de Comodoro nesta terça-feira (17) e a transferência para o Distrito Federal aconteceu na tarde de hoje (18). Alan estava escondido na zona rural de Vila Bela da Santíssima Trindade.

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Na manhã desta quarta-feira, Alan passou por audiência de custódia e em seguida foi escoltado por equipe da Delegacia da Polícia Civil de Comodoro até o Aeroporto Brigadeiro Camarão, em Vilhena (RO). Na cidade, embarcou de avião para Brasília escoltado por policiais civis do Distrito Federal.


 

Conforme apurado, durante a negociação de entrega do acusado, a Polícia Civil garantiu manter a integridade física de Alan até que ele fosse entregue às autoridades de Brasília.

A prisão

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu mandados de buscas, decretados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar informações que pudessem levar à localização do procurado. As equipes das Delegacias de Vila Bela da Santíssima Trindade e de Comodoro, então, fizeram contato com pessoas próximas ao suspeito e, após as tratativas, Alan Diego se apresentou aos delegados Ricardo Sarto e Eduardo Ribeiro, na Delegacia de Comodoro, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva. 

 

Na semana passada, Alan e outros dois extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - George Washington de Oliveira Souza e Wellington Macedo de Souza - se tornaram réus, por ordem do juiz Osvaldo Toavani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal.

Eles foram acusados do crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal. Em caso de condenação, a pena é de três a seis anos de reclusão e multa.  O juiz levou em conta a confissão feita por George Washington Souza. Ele disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser seu parceiro.

 

Já Wellington Souza teria sido o responsável por colocar a bomba no caminhão que foi encontrado pela polícia nos arredores do aeroporto de Brasília. Além do crime de explosão, o trio responde por terrorismo em um processo que tramita na Justiça Federal. 

No domingo (15), o Fantástico, da TV Globo, mostrou imagens de câmeras de segurança que flagraram o momento em que o mato-grossense deixou uma bomba caseira em caminhão de transporte de combustíveis, em posto próximo ao aeroporto de Brasília.