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Vice-líder diz que pedido de impeachment de Emanuel apresenta 'informações infundadas'

Da Redação - Marcos Salesse / Do Local - Max Aguiar

Vice-líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá, o vereador Luis Claudio (PP) rebateu as acusações feitas pelo vereador Dilemário Alencar (Podemos), que protocolou pedido de abertura de uma comissão processante contra o chefe do Executivo municipal. Afirmou que o processo que pode resultar no impeachment apresenta "informações infundadas" sobre suposto rombo na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

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Autor do requerimento de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Intervenção, Luis Claudio também minimizou as críticas da oposição ao pedido de investigação da atuação do interventor Hugo Felipe. Os opositores afirmam que o requerimento com 15 assinaturas - seis além do necessário para a instalação da comissão - é uma inversão de valores, representado o mesmo que o "poste mijar no cachorro".

“Acho que a processante [feita pela oposição] é que deve levar esse nome [poste mijando no cachorro]. Nome chulo, como a oposição costuma tratar essas matérias que chegam nesta Casa. A Saúde tem muitos problemas que precisam ser resolvidos, mas não é rombo. O estado precisa cumprir a parte dele. Não é tratando dessa forma, processante atrás de processante, que vai resolver”, disse em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira (6).

Questionado sobre os números apresentados por Dilemário Alencar (PODE), autor do pedido de Comissão Processante contra Pinheiro, o vice-líder afirmou que os dados são “informações totalmente infundadas”. No pedido, o parlamentar da oposição destacou que a dívida da Prefeitura na Saúde chega a R$ 390 milhões. 

“Nós vereadores da base queremos resolver o problema, eles querem que o caos impere para que os nomes deles fiquem na mídia. Totalmente equivocados. Ele fala de R$ 390 milhões de rombo na saúde. Primeiro, não é rombo; segundo não são R$ 390 milhões; e terceiro, são dívidas consolidadas, nós passamos por uma pandemia, então a capacidade do município de pagá-las foi decidido pelo TCE. Não desmerecendo o vereador de oposição, ele está em seu papel, mas são informações totalmente infundadas”, pontuou.

Além das críticas à oposição, Luis Claudio reforçou a narrativa de que o Governo do Estado deve repassar mais verbas para a Saúde do município. Para o vereador, a questão não deveria ser resolvida por meio de processos e disputas.  

CPI para investigar Gabinete

No requerimento de Luís Cláudio, o vereador aponta que a CPI deverá investigar possível desvio de finalidade dos atos praticados durante a intervenção, além do suposto assédio moral, abuso de autoridade e atos administrativos irregulares praticados pelo gabinete. Além disso, quer apurar a aparente descontinuidade dos serviços de saúde prestados e geridos pela SMS e Empresa Cuiabana de Saúde durante a intervenção.

O gabinete, comandado pelo procurador do Estado Hugo Felipe Lima, foi montado pelo governador Mauro Mendes (União), após determinação do desembargador Orlando Perri, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJMT). A intervenção, no entanto, foi suspensa.
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