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Governador diz que intervenção está 'redesenhando' saúde da Capital e projeta até 200 cirurgias semanais

Da Redação - Érika Oliveira / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) apresentou preliminarmente, nesta segunda-feira (10), como deverá funcionar o novo modelo de atendimento na saúde pública da Capital, a partir de um desenho elaborado pelo Gabinete de Intervenção em vigor. O plano irá integrar a retomada de cirurgias que aguardam em filas de espera, determinada pelo Tribunal de Contas do Estado.

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De acordo com levantamentos preliminares, mais de 100 mil pessoas estão na fila de espera pelo serviço. Nesta segunda, Mauro Mendes esteve no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá junto do coordenador da Comissão Especial do TCE-MT para acompanhar os trabalhos de intervenção na saúde de Cuiabá, conselheiro Sérgio Ricardo, num ato para o reinício dessas cirurgias.

“Inicialmente estão previstas 100 cirurgias por semana e, assim que for corrigido alguns problemas operacionais da unidade [do antigo PS], nós queremos aumentar essa quantidade, podendo chegar a 200 cirurgias semanais, de baixa e média complexidade. Nos próximos dias queremos fazer um trabalho no São Benedito, que está praticamente paralisado, e também para que cada unidade seja especializada”, explicou o governador.

“Por exemplo: o São Benedito será vocacionado para cirurgia cardíacas e vasculares; o HMC, além da urgência/emergência, será especializado em neurologia; e aqui nessa unidade [antigo PS] será para cirurgias de média e baixa complexidade. No Metropolitano, em Várzea Grande, nós já estamos fazendo 100 cirurgias bariátricas, além da especialidade da ortopedia. Com essa definição, além da rede que é contratualizada, nós temos convicção de que nos próximos meses teremos resultados muito robustos em termos de atendimentos”, acrescentou Mauro Mendes.

O presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social (CPSA) do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, e o desembargador Orlando Perri, também estiveram no local.

Segundo o conselheiro Sérgio Ricardo, informações dão conta de que cerca de 9 mil pessoas já morreram na fila de espera. Pela determinação da Corte de Contas, essas cirurgias já devem começar a ser retomadas nesta segunda.

Ainda conforme o TCE, as diretrizes que nortearão a atuação do órgão junto à intervenção serão estabelecidas em seis eixos: Funcionamento do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC ) e das Unidades de Pronto Atendimento (Upas); Central de Regulação: demanda reprimida por cirurgias emergenciais e eletivas; Recursos humanos: quantitativo de profissionais da saúde; Assistência Farmacêutica: gestão de medicamentos; e Levantamento de informações financeiras: Passivo/Fornecedores.

“São situações que chegam e que precisam ser confirmadas. Se uma pessoa morreu na fila já é grave. Diante disso, o TCE sugeriu a necessidade dos eixos para a intervenção trabalhar, como o funcionamento dessa [antigo PS] unidade e de todos os postos de saúde. Recebemos com muita alegria a notícia de que o governador Mauro Mendes entendeu a situação e hoje retoma o atendimento total do antigo Pronto-Socorro, que estava com apenas 30% de sua capacidade funcionando. Ninguém quer a intervenção, mas se ela está posta, tem que funcionar. Não tenho dúvidas que com a boa vontade do governo a intervenção vai dar certo e a população terá o atendimento reestabelecido. As coisas estão indo na direção certa”, pontuou o conselheiro.
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