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Mauro cita empregos e melhor remuneração ao defender Transporte Zero: 'quem trabalha no turismo de pesca ganha muito mais'

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Confiante na aprovação do projeto de lei do Transporte Zero (1363/2023) pela Assembleia Legislativa (ALMT), o governador Mauro Mendes (União) apontou criação de novos empregos e melhor remuneração ao defender a matéria. Pontuou que o Estado dará oportunidade para que tais profissionais passem a atuar em outras atividades, como o turismo pesqueiro.

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“E a evolução precisa acontecer. Em todos os lugares isso aconteceu, gente, é muito óbvio. Só não enxerga isso quem não quer enxergar. A geração de emprego é muito maior. Hoje quem trabalha no turismo de pesca ganha muito mais. Os peixes no rio estão acabando, todo mundo sabe disso. Isso é uma verdade óbvia, constatada inclusive por estudos, demonstrada no estudo da própria Assembleia, que o fez de forma independente. E qualquer um que vai no rio sabe disso. Quer pescar até acabar?”, afirmou, em conversa com a imprensa, durante plenária de elaboração PPA 2024-2027 do governo federal, realizada na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (15).

“Como governador eu tenho responsabilidade, se eu enxergo um problema eu tenho que tomar atitude. Tomamos atitude e a palavra está com a Assembleia, porque também ela tem responsabilidade e eu acredito que no final a maioria vai aprovar de forma responsável”, completou.

Mauro citou alguns exemplos de profissões que foram extintas com o passar do tempo e reforçou sua crítica ao pagamento de benefícios para profissionais que perderam sua profissão com a evolução econômica. Para ele, o mesmo que pode acontecer com os pescadores profissionais já aconteceu com charreteiros e recolhedores de fichas de orelhão. Com a evolução dos automóveis e da telefonia celular, ficaram obsoletos.

“Tem oportunidade de eles (pescadores) trabalharem em outras áreas. Então, vai ter que dar a vida inteira pra eles esse salário. Se fosse assim, nós estaríamos indenizando até hoje os charreteiros lá em Nova Iorque, os caras que coletavam ficha de orelhão. Parou de ter orelhão, substituíram os orelhões, aqui não tem mais, e tinha um pessoal que trabalhava coletando ficha de orelhão. E aí, nós teríamos que ter até hoje orelhão para poder manter o emprego dessas pessoas? A evolução acontece”, disparou.

Por fim, o governador defendeu que a Assembleia seja razoável ao propor mudanças no auxílio previsto para os pescadores profissionais, que ficarão cinco anos sem poder transportar, armazenar e comercializar pescado capturado nos rios de Mato Grosso.

O texto do Executivo estabelece um salário mínimo integral no primeiro ano, 50% no segundo e apenas 25% no terceiro. Um substitutivo integral que está sendo preparado com o aval da Casa Civil, mantém um salário mínimo cheio durante 2024, 2025 e 2026.

“Olha, eu não conheço o teor daquilo que eles pretendem modificar, mas é um direito que a Assembleia tem. Agora nós temos que ter razoabilidade, né gente? Esse país está ficando um país onde toda hora se cria um privilégio, toda hora se cria um piso, toda hora se cria um benefício, toda hora se cria uma ajuda aqui, uma ajuda ali. Fato é que não está tendo gente mais para trabalhar no Brasil. Em Mato Grosso, as empreiteiras param porque não têm mão de obra”, pontuou.
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