Imprimir

Notícias / Cidades

Diretor denuncia três policiais penais que algemaram e agrediram autor de chacina de Sinop na PCE

Da Redação - Bruna Barbosa

O diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Arnold de Souza Pacheco, registrou boletim de ocorrência na manhã dessa sexta-feira (1º) contra três policiais penais da unidade que entraram em um dos raios, algemaram e agrediram dois reeducandos. Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, autor da chacina que matou sete pessoas em um bar de Sinop (a 513 km de Cuiabá) é uma das vítimas. 

Leia também
Policiais encontram ossada humana em área de garimpo em zona rural de MT

De acordo com o boletim de ocorrência, o diretor da PCE tomou conhecimento do caso por volta de 7h40 nessa sexta-feira (1º), por meio do chefe de operações da unidade prisional que, por sua vez, foi informado pelo operador do Raio 8. 

O servidor relatou ao diretor da PCE que três policiais penais entraram no Raio 8 e, "por motivo insignifcante", como consta em BO, algemaram Edgar e Lucas dos Santos em celas distintas sem o conhecimento da direção ou do chefe de operações. 

Lucas foi colocado na Cela B1, enquanto Edgar ficou na Cela C1. Depois de tomar conhecimento dos fatos, a direção da PCE analisou as imagens do monitoramento interno para saber o que teria motivado a situação. As câmeras flagraram um dos policiais penais desferindo tapas e chutes nos reeducandos. 

O diretor da PCE explicou à Polícia Civil que solicitou a presença dos envolvidos para esclarecimento dos fatos. Consta em BO que o primeiros servidor pediu para que os outros o acompanhassem até as celas, mas não explicou do que se tratava a intervenção.

Os dois disseram ao diretor da PCE que chegaram a pedir para que Marcelo não agredisse os reeducandos. A ocorrência está sendo investigada pela Polícia Civil. 

Por meio de nota, a secretaria estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que apenas um policial penal é suspeito das agressões e já está afestado. Procedimento de correção foi instaurado na esfera administrativa para apurar a conduta do agente. 

A Sesp também informou que deu suporte ao reeducando para registro de denúncia que subsidia a abertura de inquérito para apuração criminal na esfera civil. "A Sesp reforça ainda que não coaduna com nenhum tipo de violência ou ato que configure abuso de autoridade".
Imprimir