Imprimir

Notícias / Política MT

Emanuelzinho afirma que tem plano A e B para VLT, faz propostas para saúde, educação e asfalto

Da Redação - Max Aguiar

O candidato à Prefeitura de Várzea Grande Emanuel Pinheiro Neto (PTB), em entrevista ao Olhar Direto nesta sexta-feira (9), falou de suas propostas e projetos para melhorar o desenvolvimento da segunda maior cidade de Mato Grosso, caso seja eleito no dia 15 de novembro. 

Leia mais:
Em VG, Frical ataca familiocracia, Kalil defende continuidade e Emanuelzinho conversa com violeiro

Oposição à atual gestão, mas sempre zelando pelo respeito à família Campos e principalmente sem ataques a nenhum opositor, o candidato, que atualmente é deputado federal, falou sobre seu bom trânsito em Brasília e como irá fazer para conseguir recursos para ampliar os investimentos da cidade industrial e principalmente para o morador que depende do transporte público, educação e mobilidade urbana dentro da cidade. 



Entre esses assuntos está o VLT e sua conclusão. Mesmo sabendo que não é um tema que compete ao prefeito, se caso eleito ele pretende dialogar e debater esse assunto com os responsáveis. 

Resumindo que Várzea Grande não é apenas um corredor entre a Avenida da FEB,  para quem chega no Aeroporto Marechal Rondon e deseja ir para Cuiabá, ou apenas tem um problema chamado "água encanada", Emanuelzinho exemplificou como pode fazer para melhorar o ensino básico municipal, a instalação de mais uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) descentralizada da região do Cristo Rei e falou sobre os desafios da governabilidade no pós-pandemia. 

Mesmo com orçamento enxuto, mas com capacidade de endividamento, Emanuelzinho espera ter ajuda da bancada em Brasília e do governo do estado para poder ampliar os recursos para a cidade levando mais asfalto e possibilidade de assistencialismo. Tudo isso pensando na diminuição da violência, que as vezes é causada por falta de oportunidade de emprego e lazer nos bairros mais carentes de Várzea Grande. 

Confira abaixo alguns tópicos do que falou o candidato em visita ao Olhar Direto. 

Recentemente o senhor deu entrevista falando sobre o VLT e sua conclusão e parece que foi mal interpretado. Essa é a chance do senhor dizer sobre qual sua opinião e posicionamento referente ao assunto que está paralisado desde 2014 entre Cuiabá e Várzea Grande. 

Emanuelzinho – O que eu não posso admitir, como prefeito de Várzea Grande, mais quatro anos da maneira como a FEB está. A FEB é um dos corredores principais de Várzea Grande. Sendo que quem entra em Cuiabá vindo de VG passa pela FEB e vice e versa. O que temos hoje é uma situação desastrosa. Blocos de concreto que nossos várzea-grandenses batem ali, morrem, se machucam ou até ficam paraplégicos. Um canteiro central desnivelado, que se o carro cair para a esquerda ou direita, dependendo do sentido que tiver, corre o risco de acontecer um grave acidente, então não dá para ficar como está. O ideal é a conclusão do VLT e vamos trabalhar para isso. Só que temos três problemas: judicialização (mesmo tendo recursos em conta), o governo do estado parece que manifestou junto a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana é que tem interesse em fazer o BRT e não o VLT e o terceiro ponto é a questão do subsídio da tarifa. Há possibilidade de subsidiar sem sacrificar Várzea Grande, que não tem orçamento para isso, pois temos que investir em obras e frota de ônibus. Se tiver jeito de fazer o VLT sem sacrificar Várzea Grande, estou pronto. Quero cuidar disso no primeiro mês de governo, junto ao prefeito de Cuiabá, junto ao governador Mauro Mendes para discutir isso. Caso não haja interesse, por ser competência do governo do estado, se o governador definir que não vai fazer, ai temos que dar uma resposta. A opção é justamente alargar a Avenida da FEB, encerrando o estrangulamento do trânsito das 07h e das 18h, que hoje existe na FEB e que daqui 10 anos haverá mais sobrecarga. Quando se coloca na manchete que Emanuelzinho defende venda dos vagões, não é isso. Eu preciso preparar minha cidade para uma situação de futuro. Temos que ter plano A e B. Caso o governador queira concluir o VLT, estou pronto para ajudar e somar, desde que não sangre para Várzea Grande. Tudo que seja positivo para Várzea Grande, estamos prontos para somar. Mas caso não seja, temos o plano B para não deixar a população sem suporte.



Ataques na campanha política

Não tenho do que me defender. Deixo quem critica ficar falando sozinho. Eu quero apresentar propostas em Várzea Grande, conversar com o eleitor de Várzea Grande. Minha proposta é para o povo e não com adversário.



Sonho de ser prefeito

A minha família tem raiz em Várzea Grande. Minha mãe saiu do Paraná vindo para Várzea Grande e foram morar na Avenida Júlio Campos. Eles tinham uma oficina de carros. Minhas primeiras experiências religiosas, que inclusive me levaram ao desejo de ser padre e tentar entrar no Seminário, foram ali na Igreja São Sebastião em Várzea Grande. Ai quando eu fui motivado e convidado pelo grupo político a ser candidato a deputado federal, em 2018, rodei o estado inteiro e tive uma identificação muito grande com Várzea Grande e lá tivemos quase 12 mil votos. Andando por Várzea Grande eu percebi que faltava a presença da prefeitura na vida das pessoas e do cuidado com as pessoas que estão muito mais esquecidas. Veja o exemplo que na minha convenção eu ter citado o bairro Maria Izabel, outros adversários políticos de Várzea Grande tiraram sarro como se o bairro não existisse. E o bairro existe e está precisando de atenção. Mas eles alegavam que o bairro não existia. E essa visão de futuro, de resolver os problemas de Várzea Grande e ajudar os que estão esquecidos, é que existe e faz surgir o sonho de ser prefeito. Isso está no meu perfil. Por isso meu grupo político achou que estava na hora. Estava na hora de apresentar esse projeto para Várzea Grande. Esse sentimento de mudança, de atenção, de olho no olho, de coração com coração, ideias futuristas, modernas para resolver problemas da falta de água, asfalto sem drenagem, asfalto que é feito só até a metade da rua, como os principais corredores comerciais, como a FEB que está estrangulada, como a Mário Andreazza sem luz, a Guarita mal iluminada, ruas que tem matagal. Tudo isso precisa mudar. Precisa se retornar o sentimento de fazer, de alto estima do várzea-grandense. Tem peixeiro da Rota do Peixe que está comprando peixe no Amazonas, porque não tem peixe no Rio Cuiabá, esse sentimento que eu quero trazer de volta.

Como resolver a falta d’água em Várzea Grande?

Não tem como a gente aceitar que uma cidade como Várzea Grande tenha água uma dia e dois dias, três ou quatro dias não. O DAE ficar responsável por transportar caminhão pipa e não distribuir a água para a casa das pessoas. O que é normal é abrir a torneira e chegar a água com qualidade. Não é normal chegar em casa e não ter água no chuveiro, na torneira. Por isso vamos resolver isso com quatro eixos: captação, tratamento, armazenamento e distribuição. Porque nunca investiram nisso? Porque é obra enterrada. Obra que não aparece. É obra que se não tem placa para inaugurar. A captação é na beira do rio. A estação de tratamento de água é em locais isolados, o armazenamento você não vai inaugurar uma caixa d’água. A distribuição é debaixo da terra, até chegar na casa das pessoas. Atacando esses quatro problemas, vamos fazer a água chegar na casa das pessoas. Temos hoje duas ETAs, uma na Ulisses Pompeu de Campos e outra na Júlio Campos. O ideal seria fazer mais uma estação de tratamento de água, porque hoje existe mais consumo do que tratamento da água. A gente vai fazer um ponto de captação novo no Chapéu do Sol, onde é o ponto do Rio Cuiabá onde a água é mais limpa. Conectando com o armazenamento no bairro São Mateus, com armazenamento ali para distribuir água por gravidade. Isso faz economizar energia e investir nas duas maiores ETAs e dar atenção para os distritos e depois disso substituir poço artesiano por tubulação e fazer uma gestão técnica dentro do DAE, totalmente uma blindagem dentro do DAE, com cargos técnicos com pessoas que entendem do assunto, engenheiros e profissionais capacitados e com isso fazer revisão da tubulação das adutoras e tubulação da cidade para que não haja gambiarra, fazendo a água sair da estação de tratamento chegando na casa das pessoas das pessoas e com reservatórios que vamos fazer, garantir que durante a estiagem tenha água em Várzea Grande. O impacto orçamentário disso é alto. E dentro de minha articulação política em Brasília, de minha relação com o governo federal, Funasa e presidente da República é que vamos buscar recursos para realizar essa obra. Tudo isso será realizado em quatro anos e vamos resolver o problema da vida dos várzea-grandenses. Claro, que com ajuda de meus amigos deputados.



Com o orçamento atual, o que é possível fazer no primeiro ano de mandato?

Nós temos conhecimento do orçamento de 2020. O orçamento de 2021 ainda será votado. Mas quanto ao caixa, temos informações da imprensa que está tudo no azul. Mas, temos dificuldade de encontrar esse número no portal da transparência. Via de regra, conseguimos encontrar no Tribunal de Contas, mas contas de 2017, 2018. Acho que 2019 ainda não tem. Mas pelo que verifiquei, fazendo arrocho nas contas, extinguindo algumas secretarias, como a secretaria de assuntos estratégicos, podendo fazer uma qualificação dos servidores e buscando recursos do Governo Federal, com boa relação em Brasília, segurando as pontas, conseguimos fazer sem se endividar. A questão é que o gestor da cidade precisa entusiasmar em Várzea Grande o empresariado. Para que o empresário invista lá sem burocracia, vai haver rapidez, agilidade. É por isso que quero concluir o parque tecnológico e que as licitações sejam feitas do comércio de Várzea Grande. Tudo que faremos é para que a cidade seja atrativa. Dentro desse conceito vamos poder fazer que o empresário acredite. Precisamos estimular a economia local. Fazer a secretaria de agricultura familiar para oferecer alimentos para as crianças de nossas crianças. Temos que vencer a pandemia e no pós pandemia comprar do empresário local para evitar o desemprego. Vamos gerar emprego e renda.

O que fazer para resolver a questão do Zero KM, que é atualmente conhecido como ponto de tráfico de drogas e prostituição de rua 24h?

Hoje temos que pensar em duas perspectivas. A primeira é a econômica e a segunda é a dignidade das pessoas que trabalham lá. Eu não posso dizer que vou interferir na vida das pessoas que vivem como profissional do sexo. Então precisamos fazer um programa de assistencial social e o diálogo para saber qual desejo deles. A ilegalidade temos que avaliar, se não há ilegalidade não há porque atrapalhá-los. Agora, até que ponto isso afeta a tranquilidade da comunidade local? Tendo em vista o tráfico, o trânsito de drogas no local e é um trabalho que temos que fazer junto ao Governo do Estado, Polícia Militar. Eu não quero atrapalhar o trabalho de ninguém, mas precisamos dar segurança aos moradores da região, do bairro Jardim Potiguar.



Industrialização

Várzea Grande foi a Cidade Industrial na década de 70 e 80. Para isso eu preciso abordar a qualificação, por isso quero terminar o IFMT, que o esqueleto está pronto no Chapéu do Sol. Para que os alunos saiam do ensino médio e tenham oportunidade de trabalho, fazendo parceria com instituições pública. Para garantir que as pessoas oportunidades. É preciso resgatar a confiança de Várzea Grande em outros estados, para que Várzea Grande possa ter grandes empresas e pequenos negócios. Para gerar empregos em escalas diferentes. O bom relacionamento e a venda da boa imagem de Várzea Grande para poder voltar a confiança. Faremos uma central de projetos. Podemos buscar espaços para implementar empresas na cidade. Tanto no Capão Grande como no São Matheus ou na Filinto Muller e Alzira Santana. Tudo precisa ser feito para gerar empregos.

Saúde, asfalto e educação

 Em Várzea Grande há possibilidade de fazer 150 km de asfalto. Mas, temos um diferencial. Hoje passamos em muitas ruas da cidade e você vê o asfalto é feito só pela metade, sem drenagem, sem meio fio e sem calçada. Queremos fazer a minha rua bem cuidada. Esse é o nome do programa. Porque? Entraremos com um conjunto completo de humanização, tendo asfalto de qualidade, drenagem pluvial para evitar alagamento, meio fio e calçamento. Muitas famílias têm pessoas com necessidades especiais. Precisamos arrumar a cidade para que a cadeira de rodas tenha como trafegar nessas ruas. A grande dificuldade que a cidade tem hoje é a transparência de seus gastos. Atualmente a cidade tem 28 mil alunos, mas não tem nada disso informatizado. É isso que precisamos trazer para que os pais e mães possam fazer matrículas e não precisem dormir nas filas. Informatizar o sistema de saúde e para isso vamos criar o programa “mais remédio e médico na hora”, que teremos o controle da saída e entrega de medicamentos, as pessoas terão registradas o histórico médico e as consultas que já fez, para que o médico tenha controle do paciente a gente tenha controle do fluxo mais ágil e eficiente do atendimento para que não fique esperando médico em três horas na fila. Avaliamos também o retorno do programa cegonha, para que crianças nasçam aqui em Várzea Grande e não só do outro lado da ponte e também a criação de um hospital da família. Além disso temos que construir pelo menos mais uma UPA, na região do Jardim dos Estados. As Unidades que tem estão no mesmo território, sendo uma no Cristo Rei e outra no Ipase. Estão mais ou menos na mesma região. Por isso se fazer uma UPA descentralizada, atende toda população, mas isso com ajuda do governo federal e estadual. Pretendemos fazer entre o Jardim dos Estados e o Jardim Maria Izabel, uma região que polemizaram. Quanto a escola queremos fazer de cinco a 10 escolas no tempo integral e levar o programa hora estendida, que já deu certo em Cuiabá, porque justamente temos preocupação com quem trabalha em três turnos. A Hora estendida ajuda a família toda. Estamos estudando também o terceiro turno na saúde, começando pela rede de odontologia municipal. É uma opção que estamos estudando.



Transporte público

Já deixamos bem claro que não vamos restringir apoio de ninguém. Quem quiser nos apoiar, é porque quer uma Várzea Grande melhor. E todos no nosso grupo têm essa consciência. E vamos mexer na frota de ônibus, que há muitos anos não mexemos. Vamos fazer um plano da revitalização dos pontos de ônibus da cidade, tem pontos em VG que só tem uma placa. Não tem nem banco e nem cobertura. E onde há mais passageiros vamos fazer estação climatizada, assim como existe em Cuiabá, ônibus com ar-condicionado e internet livre dentro do transporte público. Além disso, vamos estudar o contrato e cobrar o que foi contratado. Mas teremos grandes trabalhos em prol do transporte, inclusive com maior frota nos domingos e feriados.

Porque votar em Emanuelzinho?

Peço voto para o 14 para prefeito de Várzea Grande, porque tendo em vista que em um ano e meio como deputado federal eu já pude ajudar muito essa cidade e quero ajudar mais. Foram mais de R$ 4 milhões para a saúde, 16 respiradores no momento crítico da pandemia, tivemos a aprovação da compensação do ISS na pandemia e isso chegou em boa ora para Várzea Grande. Queremos resgatar a tradição do gosto de morar em Várzea Grande e fazer uma gestão moderna. Vamos resolver o problema da água, que o asfalto tenha qualidade, a frota de ônibus seja renovada. Que os bairros esquecidos tenham oportunidade de lazer. Porque hoje temos um parque com mato e rua e levar um novo tempo para Várzea Grande.


 
Imprimir