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Padre acusado de estuprar adolescentes diz que crime foi cometido com consentimento das vítimas

Da Redação - Michael Esquer

O padre Nelson Koch, de 54 anos de idade, preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (17) acusado de estuprar dois adolescentes em Sinop (498 km de Cuiabá), disse que os crimes foram cometidos com o consentimento das vítimas. A informação foi dada pelo delegado Sérgio Ribeiro, titular da Delegacia da Mulher da cidade, durante coletiva de imprensa. Ele teria abusado de um menino desde os seus sete anos e de um adolescente desde os 13.

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De acordo com o delegado, o suspeito disse durante uma entrevista preliminar que lamentava e se arrependia do episódio. O pároco, porém, também disse que os abusos aconteceram de forma consensual. Durante o depoimento, o delegado disse que Nelson “chorou porque ia deixar de ser padre, [e] queria preservar também a igreja''. 

“Entrevistamos as pessoas que frequentavam a igreja e dois desses adolescentes narraram esses abusos, que começaram passando as mãos nas nádegas, órgãos genitais. Uma das vítimas teria colocado o celular para gravar e filmou o padre o levando para um banheiro no quarto paroquial”, disse Sérgio na ocasião. 

Por isso, foi apresentado um pedido de prisão preventiva, que foi atendido pelo Ministério Público e cumprido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (17). Neste momento, segundo o delegado, o padre deve passar por uma audiência de custódia e a manutenção da prisão dependerá do Poder Judiciário. 

O caso 

A equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de (DEDMCAI) prendeu Nelson Koch na manhã desta quinta-feira (17), em Sinop (480 quilômetros de Cuiabá). O padre estava com um mandado em aberto pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual. Ele teria abusado de um menino desde os seus sete anos e de um adolescente desde os 13.

De acordo com o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, responsável pelo caso, a mãe de uma vítima procurou o plantão da Polícia Civil e declarou que seu filho, de 15 anos, trabalha desde o ano passado na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.  

Posteriormente, mãe e filho foram ouvidos na delegacia especializada. Em depoimento especial, conforme prevê a legislação, o adolescente confirmou os abusos sexuais e descreveu que o investigado cometeu os supostos atos criminosos quando o menor de idade tinha sete, 13 e 15 anos.

Outro adolescente, de 17 anos, também ouvido pela Polícia Civil, confirmou que o religioso teria, nos últimos três anos, sem a sua anuência, praticado ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia, caracterizando o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal.
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