O Gabinete de Intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá, divulgou, nesta quinta-feira (30), um informe sobre o resultado das vistorias feitas nas unidades de saúde municipal. Segundo a equipe, foram encontrados problemas estruturais nas unidades, como: rachaduras, goteiras, janelas quebradas, fiação exposta e falta de climatização. Também foram flagradas unidades com problemas no abastecimento de água e de ambulância. 

Leia mais: 
Gabinete de Intervenção convoca 30 médicos aprovados no concurso da Saúde

Segundo o Gabinete, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Jardim Leblon, que atende em média 60 pessoas por dia, os pacientes aguardam em pé ou sentados em cadeiras quebradas. Na unidade, praticamente todas as cadeiras estão sem encosto. 

“Os móveis que temos aqui são todos frutos de doação de outras unidades de saúde que trocaram e enviaram esses para nós. Também temos problema de falta d’água e tem dias que não tem uma gota d’água. Acho difícil que tenha unidade em situação tão ruim quanto a nossa”, afirma a enfermeira responsável pela USB, Marta Cristina Cruz. 

Ainda segundo a equipe, a Capital possui outras unidades em situações parecidas, como a policlínica do Bairro Planalto, que está com o box de emergência desativado por conta do desabamento do forro. Durante a vistoria no local também foram identificados problemas no banheiro dos funcionários; necrotério sem porta por causa dos cupins; e goteiras em diferentes pontos, incluindo a farmácia. No local a enfermaria está funcionando de forma improvisada, com apenas um banheiro e sem ar-condicionado. 



Já na Policlínica do bairro Pedra 90, as irregularidades começam desde a entrada com a porta principal emperrada e enferrujada e os móveis encontram-se todos danificados. A unidade não tem farmácia, nem um farmacêutico responsável e nem um computador para o controle de estoque de medicamentos e insumos. Uma estrutura provisória foi improvisada com medicamentos que são armazenados em potes de sorvete.

As camas e macas estão danificadas e sem grades de proteção. O telhado tem vazamentos e falta climatização na sala de medicação. A unidade não possui necrotério e, então, quando um paciente falece, o corpo permanece no leito até ser levado para uma funerária. Também falta computador para o controle de medicamentos. 

Policlínica e UPA

A policlínica do Coxipó está com duas máquinas de ultrassom sem uso por falta de técnico especializado. Na unidade o banheiro também precisa de manutenção. Todos os ares-condicionados estão com defeito. 

Outras irregularidades encontradas foram: processos físicos que precisam ser digitalizados e arquivados ocupam todo o espaço de raio-X e dois aparelhos de ultrassom encontram-se parados por falta de técnicos e de local de uso. Na sala de internação e medicação possui mau cheiro de esgoto, que transborda pelo ralo em dias de chuva, e, com os aparelhos de ar-condicionado precisando de manutenção, os pacientes e funcionários enfrentam calor intenso na recepção. 



Já na UPA do bairro Pascoal Ramos, os sete aparelhos de ar-condicionado necessitam de reparos. As bombas de infusão também estão com defeito e não funcionam e os móveis estão enferrujando e os armários da sala de curativos, despencando. Faltam cadeiras para os pacientes aguardarem atendimento e limpeza na área externa, que está tomada pelo mato.

Veja imagens das unidades citadas pelo Gabinete: