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Mãe diz que filho deixou 'extraordinário legado na música'; amigos e empresário lamentam perda

Da Redação - Gustavo Castro / Do Local - Amanda Divina

Mãe do cantor João Carreiro, de 41 anos, Eteuvânia Reis afirmou que o filho deixa um legado extraordinário na música sertaneja do país. O artista faleceu na noite de quarta-feira (3), após complicações em uma cirurgia para colocação de uma válvula no coração em um hospital em Mato Grosso do Sul. 

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Depois de uma despedida rápida na Câmara Municipal do estado vizinho, o corpo do cantor cuiabano chegou à capital de Mato Grosso no final da tarde desta quinta-feira (4), onde está sendo velado no Ginásio Aecim Tocantins. O sepultamento está marcado para sexta-feira (5).

"Me sinto muito reconfortada, porque eu só ouço de todas as pessoas a pessoa maravilhosa que o João é. Eu não falo no passado, porque ele vai continuar sendo, porque ele deixa um legado extraordinário para a música, para o coração das pessoas, porque ele comunicou o tempo todo o sentimento das pessoas", disse Eutevânia muito emocionada.

"O sentimento da alegria, da brincadeira e o sentimento de dor, que fazia a pessoa sentir poesia até na dúvida", acrescentou.

A mulher ainda classificou o violeiro como um ser humano extremamente 'iluminado'. "Meu filho amado, o melhor filho do mundo, melhor irmão do mundo, melhor amigo de todos, todos os amigos dele que estão aqui só tenho a dizer que o Jó é uma pessoa extraordinária e iluminadora". 

Amigos presentes

Centenas de pessoas, entre fãs, amigos e familiares de João Carreiro aguardavam pela chegada dele no ginásio. Devidamente trajados de preto e chapéu de boiadeiro, eles esperaram para dar adeus ao cantor.

Amigo de João Carreiro, o também cantor Anselmo, da dupla Anselmo e Rafael, disse que a "ficha ainda não caiu" e que está muito abalado com a perda de um grande amigo.

"Como amigo, como fã e pela forma como eu o conhecia. Cuiabá tem muito orgulho do João Carreiro", disse com a voz embargada.

O cantor ainda comentou sobre a importância do artista, que levou em suas músicas a viola caipira para todo o país.

Primeiro empresário de João Carreiro, Magal falou com carinho do violeiro e disse não ter perdido um cliente ou amigo e, sim, um filho.

"Fui o primeiro empresário da dupla. Quando comecei, o João Carreiro tinha 17 anos e depois nós encontramos o Capataz. Eu tive essa felicidade de fazer parte dessa família do João Carreiro e Capataz. Eu não perdi um parceiro, eu perdi um filho, porque o João Carreiro para mim não foi um artista que me deu dinheiro. Ele me deu ensinamento, de amar, de amar mais um filho”, contou.
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