Empreiteiras estão trabalhando ‘a todo vapor’ para asfaltar a BR-163, entre a divisa de Mato Grosso com o Pará, até Santarém. O empresário Alcindo Frâncio, morador de Moraes de Almeida (PA) e que está em Sinop nesta segunda-feira, disse, ao Olhar Direto, que as máquinas trabalham na compactação do terreno. “Há frentes de trabalho em pelo menos cinco pontos entre Moraes e a divisa, e isso com muitas máquinas e homens trabalhando. Dá até gosto de ver”.

De acordo com o empresário, o serviço de aterramento, terraplanagem e compactação da base para receber o asfalto está acelerado porque houve, em 2009, o serviço inicial de aterramentos com bases de concreto, principalmente nas áreas onde havia atoleiros e alagamentos na época da chuva. “Os aterros são altos, de concreto, que permitem o trânsito de animais de um lado para o outro da rodovia”.

Outras frentes de trabalho começarão, nos próximos dias, a terraplanagem em trechos entre Moraes de Almeida e Itaituba. O trecho de aproximadamente 300 km começa depois dos outros, já que houve atraso na liberação das licenças por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

No território mato-grossense, as obras entre Guarantã do Norte até a divisa, 50 quilômetros, estão temporariamente paradas. Nos últimos dois anos foram asfaltados cerca de 25 km, mas a detonação de rochas, para tornar o trecho na serra menos íngreme, fez ‘estourar’ o orçamento em R$ 2 milhões. O 9° BEC espera a suplementação do governo federal para terminar o asfalto até a divisa.

A conclusão da estrada federal até o porto de Santarém é vista como a mais importante via de transporte da safra das regiões Médio Norte e Norte de Mato Grosso. Com o acesso ao referido porto, o produtor do Estado ganhará mais competitividade, já que vai baratear o frete em torno de U$ 30 por tonelada, tanto para exportar a produção, quanto para receber insumos que vêm de outros países.