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Grevistas do Judiciário fazem manifestação no Fórum de Cuiabá

Da Redação - Lucas Bólico

Os servidores públicos do Poder Judiciário começaram a paralisação das atividades nesta segunda-feira (3). Com direito a faixas e trio elétrico, os trabalhadores se manifestaram à frente do Fórum de Cuiabá. O movimento começou por volta de meio-dia e deve acontecer até o término da greve, que segue por tempo indeterminado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenval Rodrigues dos Santos, os grevistas não recuam sem ter três pontos da pauta de greve resolvidos. “Nós queremos o pagamento imediato da URV (Unidade Real de Valor – referente a perdas salariais na transição de moedas), o auxílio alimentação (no valor de R$ 500,00) e o cumprimento da Resolução n° 48 (que classifica a categoria dos Oficiais de Justiça como nível superior).”

Rosenval ainda fez questão de dizer que está desmentindo o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Silvério. “Eu estou aqui para desmentir o que ele [José Silvério] anda dizendo na imprensa. Ele fala que não pode pagar nossos R$ 500,00 (respectivos ao auxílio alimentação) com o Funajuris (Fundo do Aparelhamento Judiciário), mas o próprio Conselho Nacional de Justiça autoriza essa prática”, afirmou mostrando uma série de documentos.

Além de contrapor a declaração de Silvério, o presidente do Sinjusmat lançou uma provocação ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Já que ele diz que não tem como pagar com o Funajuris, por que ele não nos paga com o mesmo dinheiro que paga auxilio moradia, alimentação e outros para os magistrados? Por que não tira o dinheiro da mesma fonte?”, indaga.

O mais revoltante, de acordo com os grevistas, é o fato de eles terem de conseguir seus benefícios judicialmente, enquanto os magistrados obtêm seus ganhos trabalhistas administrativamente. “A greve é a nossa única ferramenta”, argumenta Rosenval.

A greve já estava prevista desde o último dia 20 de abril, quando os servidores deliberaram em assembleia o estado de greve, e que paralisariam as atividades caso as reivindicações não fossem atendidas até o dia de hoje, o que de fato não ocorreu. “Não houve nenhum diálogo”, conta o presidente do Sinjusmat.

Os servidores dos principais municípios do estado entraram em greve. Em Cuiabá, apenas dois plantonistas estão mantendo o trabalho para casos de urgência. Mesmo com a seriedade das reivindicações, os servidores não perderam a animação, o trio elétrico alegrou a manifestação com hits o axé music. E o calor da tarde desta segunda-feira foi amenizado à base do picolé de frutas, vendido na porta do Fórum.

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