Os agentes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) de Mato Grossos, em greve desde o dia 12 de abril, colocaram a disposição a função de fiscal à disposição da superintendência do órgão nesta quinta-feira (5). A portaria designa a categoria de analista ambiental ou técnico ambiental, a competência para efetuar a lavratura de autos de infração, termos de embargo, apreensão, depósito e doação.

Os servidores reclamam de péssimas condições de acomodações, comunicação, alimentação e outras dificuldades logísticas para realização dos trabalhos, estando sujeitos à contaminação por doenças tropicais (malária, leishmaniose, febre amarela).

Com todas as dificuldades encontradas, as atividades de fiscalização ambiental federal em Mato Grosso contribuíram, nos últimos cinco anos, de acordo com dados do SICAFI (Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização do IBAMA) com 42% de todos os autos de infração já lavrados no Brasil.

No entanto, as ações já resultaram no montante de R$ 11 bilhões em multas, sendo que as áreas embargadas em função de desmatamentos e queimadas ilegais no Estado representam mais de 1 milhão de hectares.