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Notícias / Cidades

Bebê com braço paralisado continua sem tratamento

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

O bebê Pedro Henrique de Paula Contó, de apenas 12 dias, continua internado na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis. Apesar de o médico pediatra responsável ter entregado ao hospital o formulário de solicitação do exame necessário para diagnosticar melhor a lesão sofrida pela criança, ainda não houve o encaminhamento para o procedimento através da Central de Regulação de Vagas do Estado.

Uma pessoa ligada à família que prefere não ser identificada, explicou à reportagem do Olhar Direto que nesta tarde fará uma nova solicitação ao Ministério Público do Estado, junto à Promotoria da Infância e Juventude. Desta vez, será protocolado o formulário apresentado pelo médico pediatra, que informa a lesão sofrida por Pedro Henrique no momento do parto, a evolução do problema e os sintomas, além de dados clínicos do paciente.

Através da solicitação, a família também pretende relatar que o hospital e os médicos envolvidos no caso estão sendo omissos ao problema. “Se já existe a solicitação porque então não encaminham?”, protesta a pessoa ligada à família. Os pais do bebê esperam, a qualquer custo, conseguir fazer o exame no filho que, segundo o formulário assinado pelo pediatra, sofreu uma lesão do plexo braquial no membro superior direito e apresenta flacidez no local.

De acordo com o pai da criança, Márcio Contó, de 31 anos, a Central de Vagas do Estado informou que apenas uma clínica em Cuiabá faz o exame em crianças, no entanto, o médico estaria viajando e só retorna no dia 21. Márcio clama para que seu filho seja encaminhado para outro local que faça o procedimento, mesmo que seja em outro estado. Ele afirmou ainda que a igreja da qual é membro em Rondonópolis se disponibilizou a pagar pelo exame.

Outra informação divulgada pelo amigo da família é de que os médicos que realizaram o parto, Manoel da Silva Neto e André Dagostini, não citaram no prontuário do bebê que o nascimento foi difícil. Ele explicou que a família achou estranha a atitude. “O que estamos percebendo é que eles não querem reconhecer o erro, mas isso ta prejudicando todo mundo, inclusive no encaminhamento para o exame. Imagina o estado emocional dessa mãe depois de um parto difícil e sem poder sair do hospital?”, pontua.

A continuidade da internação do bebê foi determinada pela juiza da 6º Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rondonópolis, Joseane Viana Quinto. A determinação diz ainda que o hospital é obrigado a encaminhar a criança para o devido tratamento.
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