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Empresários e servidores 'explicam' superfaturamento dos maquinários

Da Redação - Kelly Martins

Os delegados fazendários já começam nesta semana as oitivas no inquérito que apura indícios de superfaturamento de R$ 36 milhões nas aquisições de 705 maquinários pelo Governo. Servidores das Secretarias de Infraestrutura e Administração, empresários, e até os ex-secretários Vilceu Marcheti (Sinfra) e Geraldo De Vitto (SAD) devem ser ouvidos.

Conforme a delegada Luzia Machado, responsável por coordenar a investigação, os documentos referentes as licitações dos pregões 87 e 88/2009 realizadas pelas pastas estão sendo finalizadas e dará início ao recolhimento de prova testemunhal.

Até o momento, apenas um servidor foi ouvido no inquérito. Hudson Fabiano Costa, responsável pelo pregão da SAD para a compra de R$ 241 milhões em máquinas e caminhões, esteve na Delegacia Fazendária no dia 5 de maio. Ele negou qualquer tipo de irregularidade ou ilegalidade no pregão.

O depoimento do ex-governador Blairo Maggi (PR), que pediu primeiramente as investigações à Auditoria Geral do Estado, após receber o relatório parcial com indícios de sobrepreço, também não está descartada.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, disse em entrevista ao Olhar Direto que os esclarecimentos se darão por partes. “Vamos analisar desde o pedido inicial para aquisição do maquinário até a entrega pelo governo aos 141 municípios, conforme a distribuição”, destacou.

A AGE aponta que na compra de 408 caminhões e 297 máquinas por meio de empréstimo do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), as concessionárias acabaram recebendo indevidamente R$ 36,8 milhões.
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