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Violência atinge, em geral, homens com menos de 29 anos e de baixa renda, diz OEA

ABr

Nos países latino-americanos, as mortes violentas envolvem principalmente jovens, do sexo masculino, com menos de 29 anos e de baixa renda. Mas há registros de aumento do número de assassinatos contra crianças e adolescentes. O alvo principal são os jovens que vivem em centros urbanos. As conclusões foram apresentadas hoje (11), no relatório sobre a Segurança Cidadã e Direitos Humanos, elaborado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) - vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Pelos dados do relatório, a região registra 68,9 mortos a cada 100 pessoas, na faixa de 15 a 29 anos. De acordo com os especialistas, a violência envolvendo adolescentes e jovens tem uma ligação direta com a falta de emprego, educação, além dos baixos padrões de moradia. Segundo eles, as reações à frustração e tensão, assim como atos de raiva têm como consequências brigas e um comportamento antissocial .

“Boa parte da violência envolve conflitos pessoais entre amigos e conhecidos, há uma correlação muito acentuada com o uso de drogas e álcool”, diz o estudo. Nas Américas e na América Latina e no Caribe, a taxa de criminalidade violenta é considerada “elevada e preocupante”.

Apesar dos dados negativos, os especialistas afirmam que há registros de aumento da confiança da população em relação às autoridades de segurança pública. No relatório, os percentuais indicam que 43% da população têm confiança na polícia e em autoridades de segurança, mas apenas 38% confia no governo.

O relatório sobre a Segurança Cidadã e Direitos Humanos foi elaborado em parceria da Comissão Interamericana de Direitos Humanos com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Escritório das Nações Unidas do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (Acnudh). No documento, há uma série de críticas às políticas públicas adotadas por vários países.
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