A Prefeitura de Cuiabá dá início a uma minireforma administrativa e deverá reduzir em até 30% o número de funcionários contratados pelo Executivo. Como enxugamento da máquina 153 funcionários contratados para o setor da Saúde já foram demitidos.

Na lista estão os técnicos de enfermagem e cirurgiões dentistas que atuam em Policlínicas e no Pronto Socorro Municipal. O secretário de Saúde, Maurélio Ribeiro, disse em entrevista ao site Olhar Direto que as demissões compõem a reestruturação do lotacionograma do Palácio Alencastro no sentido de adequar a estrutura à realidade econômica da prefeitura.

“Estamos regularizando os contratos temporários, conforme o Ministério Público exigiu. Muitos contratos já estavam vencendo e outros estão vencidos. No entanto, o objetivo é fazer novas contratações e substituir os temporários por concursados”, frisou.

Ribeiro explica que as demissões teriam ocorrido para respeitar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Estadual, no fim do último ano, e que obriga a prefeitura a realizar concurso, o que deverá ocorrer ainda em 2010.

Desde a última sexta-feira (7) foram demitidos 100 técnicos de enfermagem e 53 dentistas que atendem pelo Sistema Único de Saúde em Cuiabá e estão em greve há 100 dias. O secretário de Saúde conta que 207 contratos foram regularizados.

A situação parece agravar ainda mais a crise dos funcionários da Saúde Pública e a administração municipal. O prefeito da capital, Chico Galindo (PTB), informou que a estruturação deverá ocorrer em todas as pastas. Mas ponderou que a maior parte dos contratos temporários é da Saúde e Educação.

A prefeitura conta atualmente com aproximadamente 14 mil servidores com a folha de pagamento em torno de R$ 21 milhões.