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PF investiga suposta quadrilha que fraudava concursos públicos no Piauí

Folha Online

A Polícia Federal no Piauí cumpriu hoje mandados de busca e apreensão para desarticular uma suposta quadrilha que fraudava concursos públicos no Estado. Ninguém foi preso.

A assessoria da imprensa da PF informou que 17 pessoas participavam do esquema. Parte delas se inscrevia nos concursos e repassava as questões das provas, por ponto auricular, para uma "banca multidisciplinar" que ficava do lado de fora.

As questões eram resolvidas e as respostas eram repassadas para os concorrentes pelo mesmo sistema.

Segundo a assessoria, a fraude ocorreu em concursos da Receita Federal, Prefeitura de Teresina, Polícia Militar e Conselho Regional de Enfermagem, entre outros.

Alguns candidatos, diz a PF, chegaram a pagar R$ 20 mil para ter acesso às respostas das provas. A polícia não soube informar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema nem há quanto tempo a suposta quadrilha agia.

Os supostos envolvidos no esquema foram ouvidos pelos policiais federais. Entre eles estavam servidores públicos, professores e estudantes. Oito deles deles foram indiciados pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e documental. Segundo a assessoria, os outros também serão indiciados.

Na operação, batizada de Operação Savana, foram apreendidos documentos usados nas fraudes, além de certificados de conclusão de ensino médio e superior falsificados.

A Polícia Federal não divulgou o nome dos supostos envolvidos no esquema e, por isso, a reportagem não conseguiu entrar em contato com eles ou com a defesa deles. A PF não informou o que eles disseram em depoimento.
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