O coordenador da pré-campanha de Marina Silva, Alfredo Sirkis (PV), afirmou que foi incorreta a forma como o pré-candidato do partido ao governo do Rio, Fernando Gabeira, expôs a divergência sobre a candidatura da vereadora Aspásia Camargo ao Senado.

No lançamento da pré-candidatura de Marina no domingo, Gabeira disse que a maioria do PV defende a coligação com o PPS e o DEM no Rio que lançaria o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) como candidato ao Senado.

O argumento de Gabeira foi baseado em consulta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que na semana passada disse que a coligação partidária estadual deve ser a mesma tanto para os candidatos ao governo como para os candidatos a senador.

"Querer enterrar prematuramente a possibilidade de termos uma candidatura ao Senado, que defenda a de Marina Silva à Presidência. É um erro", afirma Sirkis no seu blog.

Para o vereador, a consulta ao TSE não é uma decisão final e pode ser revista pelo próprio tribunal ou pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele disse que o PV deve fazer uma nova consulta ao tribunal sobre a questão usando uma pergunta de forma mais direta sobre a questão.

Sirkis diz que, se o TSE fizer um entendimento favorável pela candidatura de Aspásia Camargo, isso seria politicamente interessante para Marina.

"A impressão que se tem é que Gabeira teme mais, não uma resposta negativa que, de fato, deixaria os verdes sem mais opções para o Senado, por razões legais, mas uma decisão eventualmente positiva", afirma o coordenador de Marina.

Segundo ele, os partidos tem as suas dificuldades internas e o PV não é exceção. "Conseguimos, até agora, manter as nossas sob controle. Há uma contradição entre quem foca no próprio umbigo e quem está tratando de uma campanha nacional. Ela é administrável sempre que se respeite a palavra dada e não se cometam erros de cálculo lamentáveis."