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Paracambi terá parque ecológico para preservar nascentes e afluentes do Rio Guandu

ABr

Para proteger uma das principais fontes de abastecimento de água no estado e preservar a biodiversidade da Mata Atlântica, um parque municipal foi criado em Paracambi, município do interior fluminense que concentra afluentes do Rio Guandu, responsável pelo atendimento para cerca de 10 milhões de pessoas da região metropolitana.

O Parque Municipal do Curió fica dentro de uma reserva ecológica e tem 930 hectares. A área foi comprada de particulares pelo governo estadual por R$ 535 mil. O dinheiro vem de um fundo compostos por recursos de compensação ambiental paga pela a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), localizada na zona oeste da capital.

Com a instalação do parque, a ideia é preservar nascentes e proteger a mata ciliar de várias fontes, impedindo o avanço do assoreamento (aumento de detritos) em afluentes do Guandu. A unidade integrará ainda o Corredor de Biodiversidade Tinguá-Bocaina, entre a Reserva Biológica de Tinguá e o Parque Nacional da Serra da Bocaina, permitindo o deslocamento de espécies.

“Um animal de um outro parque desses poderá circular na região. O parque aumenta o espaço para a vida nessa área. O objetivo é unificar e preservar esses corredores”, afirmou o secretario de Meio Ambiente de Paracambi, José Luiz de Oliveira

O parque do Curió foi criado no final de abril e deverá ser aberto ao público em 2011. No plano de manejo elaborado pela prefeitura está prevista a construção de um centro de visitantes, estacionamento e centros de convivência, além da sinalização de trilhas e cachoeiras. No projeto, a unidade estará pronta para receber escolas, pesquisadores e turistas de outras regiões.

Além do meio ambiente, a prefeitura de Paracambi também ganha com a construção da unidade. Ela receberá do governo estadual um compensação por preservar o meio ambiente, por meio da Lei do ICMS Verde. O município contará, a partir do próximo ano, com mais um item a seu favor na distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

“Ainda não chegamos a um valor porque falta exatamente a implementação do plano de manejo do parque, a construção das áreas de lazer, de educação, de pesquisa e da guarda florestal”, explicou o secretário.”Tudo isso será incluído no novo cálculo do ICMS.”
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