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Notícias / Brasil

Governo pede que sociedade denuncie abuso contra crianças

Do G1

O governo lançou nesta terça-feira (19) campanha de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes solicitando que a sociedade denuncie qualquer caso de violência através do Disque Denúncia. Segundo o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, o combate à exploração sexual é prioridade.

"Disquem para o número 100. A ligação é gratuita e as pessoas podem apresentar denúncias contra qualquer pessoa, contra qualquer ameaça, contra qualquer risco, sem precisar dar o seu nome, sem precisar dizer de onde é, porque imediatamente especialistas passarão a informação para as autoridades policiais para que essa violência ou ameaça seja imediatamente interrompida", afirmou Vannuchi.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, o Disque Denúncia recebe uma média de 82 denúncias por dia. Somente este ano foram feitas quase nove mil ligações. A maior parte das denúncias são de casos de abuso sexual e violência física ou psicológica. 82% das vítimas são do sexo feminino.

De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social, Márcia Lopes, "é inadimissível que ainda se cometa abuso sexual contra as crianças e adolescentes". Segundo ela, 70% dos casos de violência sexual contras crianças são cometidos por membros da própria família.

Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o governo também lançou o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. A iniciativa é uma homenagem à assistente social Neide Castanha, falacida em janeiro deste ano. O prêmio visa estimular o combate à violência sexual contra crianças.

Programa Nacional de Direitos Humanos


Sobre o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, o ministro Paulo Vannuchi afirmou que nenhuma das propostas envolvendo crianças e adolescentes gerou controvérsia, mas que as propostas envolvendo aborto, símbolos religiosos liberdade de imprensa e conflitos agrários precisaram ser modificadas. "Houve um recuo, mas um recuo positivo que mostra a veia democrática do governo. Promovemos ajuste neste pontos para que o programa nacional gerasse consenso e pudesse sair do papel", afirmou.
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