A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, disse hoje que o PAC 2 (Plano de Aceleração do Crescimento), lançado em março, é uma "carta de intenções" de obras que o governo Lula não conseguiu realizar até agora.

Segundo a senadora, o PAC 1, lançado em 2007, é uma colagem de obras que não "saiu do papel" na sua maioria.

A pré-candidata, que foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula, deixou o cargo após ficar sem apoio para enfrentar pressões do agronegócio contra o combate ao desmatamento.

Em entrevista à RBS hoje pela manhã, em Porto Alegre, Marina disse que a eleição presidencial não será plebiscitária e que no primeiro turno o eleitor votará em quem achar melhor. "No segundo turno, [o eleitor] se defende do pior", disse.

Questionada sobre a descriminalização do aborto e da maconha, ela disse que defende um plebiscito para discutir essas questões.

Marina criticou a gestão anteriores do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

"O Brasil é um pais paradoxal. Tivemos um sociólogo que ficou oito anos sem conseguir fazer a reforma política e um operário que ficou oito anos sem conseguir fazer a reforma trabalhista.

Sobre a seleção de Dunga, disse: "Como sou ambientalista, advogo a favor do Ganso", numa referência ao meia do Santos que não foi convocado para o grupo principal que vai à Copa da África do Sul.