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Suspeito de assalto a joalheria não tinha nem comida na geladeira

G1

O homem suspeito de participação no assalto à joalheria Tiffany, ocorrido no domingo (16) à tarde no Shopping Cidade Jardim, foi preso nesta terça-feira (18) em sua casa em São Mateus, Zona Leste, e não tinha nem sequer comida na geladeira. Ele tem dois filhos, passagem na polícia por tráfico de drogas. "Ele não tinha nem o que comer. Ele foi angariado como obreiro, mão-de-obra do crime", afirmou o delegado Marco Antonio Bernardino Santos, do 42º Distrito Policial, no Parque São Lucas.

Os policiais encontraram atrás da geladeira da casa do suspeito uma submetralhadora enferrujada usada no assalto. O homem contou que os contratantes disseram a ele que o assalto ia render R$ 200 mil. Mas não sabia o quanto ia receber.

O suspeito preso disse ainda que nem chegou a receber por sua participação no roubo. "Ele não foi pago. Depois que viu nos jornais o valor estimado do assalto, ele chegou a questionar os comparsas durante conversas por telefone público, mas os contratantes disseram a ele que o valor não era grande", afirmou o delegado. "Ele ficou surpreso com o que a mídia noticiou, mas não sabia quanto receberia. Isso ocorreria apenas depois da venda das joias", disse o delegado.

O homem foi detido por porte ilegal de arma e indiciado por participação no assalto. Ele foi levado para exames no Instituto Médico-Legal e será transferido ainda nesta terça para o Centro de Detenção Provisória do Belém. O inquérito que investiga o caso deverá ser encaminhado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo o delegado, o homem contou que foi contatado pelos demais participantes do assalto apenas dois dias antes da ação. Ele disse à polícia que, além dele, outras seis pessoas participaram da ação. Segundo a polícia, o homem afirmou que não chegou a entrar no shopping. Ele disse apenas ter dado cobertura para a quadrilha e ter emprestado a arma. Ele é visto em uma foto próximo a um dos carros usados pela quadrilha. Após a concretização do assalto, ele deixou o carro utilizado na ação e voltou para casa de ônibus.

"Ele saiu dentro do Gol com outro comparsa. E o Gol, ele mesmo falou que largou nas imediações do Brooklin, pegou dois ônibus, chegou à estação Clínicas e foi até o metrô Itaquera. Estava com a arma dele em uma mochila nas costas", disse o delegado.

De acordo com o delegado, policiais civis já investigavam a atuação do suspeito preso nesta terça. Eles receberam uma ligação telefônica dando conta de que o homem estava em casa e de que tinha participado do assalto à joalheria. O preso não ofereceu resistência e, de acordo com o delegado, deu detalhes de sua participação no crime. O relato ocupou seis folhas de papel sulfite.

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