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Serra promete força nacional permanente para calamidades

G1

Primeiro a participar da sabatina organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta quarta-feira (19), O pré-candidato à Presidência da República do PSDB, José Serra, defendeu a criação de uma força nacional permanente para agir nas situações de calamidades públicas causadas por catástrofes climáticas. Ele também disse “não ser impossível” realizar o mapeamento de todas as áreas de risco dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

“Nós vamos organizar uma força nacional permanente para cuidar de calamidades. Disponível para ir para os lugares quando for necessário. Preparada tecnológica e cientificamente. Preventiva. Por exemplo: temos que ter o mapeamento definitivo de todas as áreas de risco dos municípios do Brasil. Isso não é impossível, não. Temos que ter ação preventiva”, afirmou Serra.

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pré-candidato tucano também defendeu maior agilidade na liberação de recursos para combate às catástrofes e também pregou a despolitização da liberação de recursos. “Temos que ter mais recursos e uma transferência mais ágil de recursos. A experiência sabe qual é? Os recursos chegam quando o problema não existe mais. Tem que ter mecanismo de crédito organizado. Nós organizamos isso em SP”, afirmou Serra. “Temos que ter uma instituição nacional não politizada. Não pode ser uma distribuição baseada em critérios políticos. Porque, infelizmente, a realidade não se comporta politicamente. Às vezes, a gente ajuda um lugar por questão política e o problema está em outro lugar”, complementou Serra.

Serra discursou para uma plateia de mais de mil prefeitos em um hotel às margens do Lago Paranoá, em Brasília. Ele foi recebido de pé e com aplausos ao entrar no auditório. O pré-candidato tucano teve dois minutos para fazer uma saudação aos prefeitos antes de começar a responder as questões elaboradas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora do evento. “Se eu vier a ser eleitor, como espero, vamos ter uma relação produtiva e respeitosa. Talvez não dê para atender tudo. Mas vamos atender tudo que for possível”, disse Serra.

Saúde
Serra também tratou de repasses da União aos municípios para a área de saúde. Segundo ele, é preciso garantias de que o setor receba atenção sem onerar os municípios. “Não dá para aprovar lei no congresso que leva a um aumento obrigatório dos municípios sem ouvir os municípios”.

Serra também criticou a política de saúde implementada pelo atual governo. Segundo ele, houve uma “desaceleração” no desenvolvimento do setor.

“Temos no caso da saúde que ter uma melhor gestão. Vocês viram os mutirões. Acabaram com os mutirões. O piso de atenção básica deixou de crescer. Houve uma desaceleração na saúde. Quem paga são os estados e principalmente os municípios. Temos que ter uma volta ao estilo da aceleração, criatividade e da parceria verdadeira”, afirmou.

Com relação aos recursos disponíveis para investimento na saúde, Serra sinalizou ser contra a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). “Não podemos a cada problema dizer: “vamos criar um imposto a mais”.

O pré-candidato tucano foi o primeiro a responder às questões da CNM na manhã desta quarta. Depois dele, a pré-candidata do PV, Marina Silva, também irá responder as mesmas questões, que são apresentadas em uma gravação de áudio, para evitar diferenciação. A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, será a última a participar do evento. A ordem foi definida por sorteio e o critério de escolha dos concorrentes foi definido pela CNM a partir da pesquisa do Instituto Datafolha, que apontou os três concorrentes mais bem colocados na disputa pelo Palácio do Planalto.
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