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‘Achei engraçado’, diz advogado sobre BBB em sentença judicial

G1

“Foi engraçado, mas não houve ato ofensivo a quem quer que seja, nem a time de futebol nem a emissoras de televisão”, diz o advogado Eduardo Botelho, que defende o consumidor autor da ação, motivada pela compra de uma TV com defeito. Na sentença, o juiz explica que o aparelho é essencial aos brasileiros, sobretudo por causa das “gostosas do ‘Big Brother'” e de jogos de futebol.

Segundo Botelho, seu cliente comprou uma TV a prazo e, logo que chegou em casa, percebeu o defeito, mas não conseguiu trocar na loja. Então, conta o advogado, insistiu até que conseguiu uma visita da assistência técnica, que levou o eletrodoméstico de sua casa e, apesar de ter terminado de pagá-la, o comprador nunca mais viu a televisão novamente.

O documento determina que a loja pague R$ 6 mil por danos morais ao comprador. Ainda cabe recurso no processo, que corre no 2º Juizado Especial Cível de Campos, no Norte Fluminense.

'Gostosas do BBB'
Na sentença, o juiz Cláudio Ferreira Rodrigues fala do aparelho: “Sem ele, como o autor poderia assistir as gostosas do Big Brother, ou Jornal Nacional, ou um jogo do Americano x Macaé, ou principalmente jogo do Flamengo, do qual o autor se declarou torcedor?”.

Ele ironiza ainda torcedores de outros times cariocas: “Se o autor fosse torcedor do Fluminense ou do Vasco, não haveria a necessidade de haver televisor, já que para sofrer não se precisa de televisão”.

Procurado pelo G1, o Tribunal de Justiça informou que o juiz Cláudio Ferreira Rodrigues só deve se pronunciar na quarta-feira (4) sobre o caso.
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