Imprimir

Notícias / Brasil

Vigilância integrada contra a criminalidade no RJ

Terra

Em Volta Redonda (RJ), no Sul Fluminense, câmeras monitoram 80% da cidade e unem 24 horas por dia as polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, bombeiros, agentes da Defesa Civil e de trânsito, além do Samu. Até o fim do ano, um sistema semelhante de território vigiado por uma rede tecnológica integrada por diversos órgãos será implantado na capital do Estado.

O Rio de Janeiro pretende repetir a fórmula que deu certo: em Volta Redonda, alguns tipos de crime foram reduzidos em até 80% desde 2000, quando 26 câmeras começaram a vigilância. Foi o caso de roubos de veículos e latrocínios - roubo seguido de morte. Em 10 anos, a 93ª DP (Volta Redonda) não registrou mais nenhum assalto a banco. Atos de vandalismo, como pichações e depredações de patrimônios, foram praticamente zerados.

Na próxima terça-feira, o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, e o governador Sérgio Cabral inauguram o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que agora já conta com 93 potentes câmeras. A área central é 100% observada.

"Qualquer pedido de socorro, pelos números de emergência, como o 190, seja na área de segurança ou de saúde, vai cair numa moderna central de telefonia digital, capaz de atender até 200 ligações simultâneas", afirmou Neto, que investiu mais de R$ 2 milhões na importação de tecnologias alemã, americana e israelense.

Assim que a chamada é recebida, 150 homens, a pé e em mais de 30 viaturas, com rádios de última geração, estão prontos para agir, cada um na sua área. Numa supertela de 9,9 m de comprimento por 2,4 m de altura, os agentes identificam o local do telefonema, monitoram as imagens do lugar da chamada até a chegada do socorro e iniciam plano de ação. O equipamento equivale a tela de vídeo de 407 polegadas e tem capacidade para projetar e gravar imagens de 16 pontos da cidade."Nossa meta é chegar ao chamado em menos de cinco minutos", diz o coordenador do centro integrado, coronel Kleber Martins.

Pelo menos outras 5 cidades, além do Rio, também adotarão sistemas integrados de segurança: Barra Mansa e Resende, no Sul Fluminense; Petrópolis, na Região Serrana; Cabo Frio, na Região dos Lagos, e Macaé, no Norte Fluminense.

Ao todo, 3.284 câmeras serão aliadas contra a violência em todo o estado. "Tecnologia e informação resultam em ações mais rápidas e precisas¿" diz o superintendente de Modernização e Tecnologia da Secretaria de Segurança Pública, major Alexandre Corval.

O Centro Integrado de Comando e Controle (Cicc) da capital e Região Metropolitana está orçado em R$ 49 milhões, de recursos do Tribunal de Justiça. O projeto já está em licitação e deverá ser inaugurado em dezembro.

O centro será erguido em terreno cedido pela prefeitura do Rio ao estado, na Rua Benedito Hipólito, ao lado do Sambódromo, e vai operar mil câmeras. Elas serão instaladas na capital, Baixada, Niterói e São Gonçalo. Duas mil viaturas com GPS e 3 mil radiotransmissores farão parte do sistema.

"Usaremos também 500 câmeras do metrô e 93 da CET-Rio", afirma o chefe da Superintendência de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, coronel Almeida Neto, que já conta com 274 aparelhos na Região Metropolitana. A Metrô Rio custeará 400 equipamentos na cidade. Mais 350 serão monitorados pela Guarda Municipal com a PM.

Imprimir