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Guga deixa faculdade e se reaproxima do tênis antes de jogar nova exibição

UOL Esporte

Após dois anos ausente do tênis, o ex-número 1 do mundo Gustavo Kuerten não conseguiu seguir longe do esporte e semanas antes de receber o troféu Philippe Chatrier, maior honraria do tênis (em cerimônia que será realizada no dia 1º de junho em Paris), o brasileiro teve de largar até mesmo a faculdade de teatro que começou a cursar há um ano.

Depois de ter voltado a jogar em uma exibição no ano passado contra o espanhol Sergi Bruguera, o ex-tenista realiza pela segunda vez a Semana Gustavo Kuerten em Florianópolis e vai entrar em quadra novamente para encarar outro tenista que tenha feito parte dos melhores momentos de sua carreira.

“Agora ficou mais clara a minha participação nos torneios. No ano passado, na Semana Guga, que a gente promove em Floripa, eu joguei com o Sergi Bruguera. Esse ano, o evento vai ser em agosto, e eu vou jogar novamente. Estamos pensando no (russo Yevgeny) Kafelnikov, o (russo Marat) Safin ou o (espanhol Alex) Corretja, que são ex-tenistas que têm uma ligação com a minha carreira”, afirmou Guga em entrevista ao jornal O Globo.

Guga já declarou no Rio de Janeiro, durante a disputa do Rio Champions deste ano que deverá em breve atuar no circuito de veteranos, além disso acumula participação em projetos infantis ligados ao tênis e tem ficado mais próximo da equipe brasileira da Copa Davis, com isso, teve de parar com os estudos.

“Não tenho mais tempo. Achava que, agora, iria poder fazer outras coisas, poder surfar mais, mas foram aparecendo os projetos... E aí, acabei trancando a faculdade no terceiro semestre, depois de um ano de curso. Eu tenho isso... nas minhas atividades, tudo o que faço, gosto de fazer bem feito. Mas acho que, futuramente, ainda vou ter tempo para voltar”, disse Guga, que descarta temporariamente atuar como dirigente, mas deixa claro que deverá se dedicar mais à Copa Davis

“Atualmente não me interessa. Mas é difícil dizer em que vai se transformar a minha vida em cinco, dez anos... Já quanto à Copa Davis, acho que, futuramente, eu vou me envolver mais e devo vir a ser capitão da equipe”, afirma o ex-líder do ranking.

Em uma avaliação sobre quem faltou enfrentar no circuito, Guga aponta o espanhol Rafael Nadal. O brasileiro também se mostra incomodado com a falta de tenistas que, assim como Nadal, tenham a ambição de derrotar o suíço Roger Federer para chegar ao topo do ranking.

“Muitos jogadores, tirando Nadal, se conformam em ser o número 3, o número 5 do mundo, que tudo bem, já são posições de privilégio. Para o tênis, seria muito interessante ter dez, 12 jogadores brigando para estar na primeira posição. Na época em que eu jogava, tinha eu, (Andre) Agassi, (Pete) Sampras, (Jim) Courier, o (Boris) Becker anteriormente, diversos jogadores que estavam frequentemente se desafiando. O Federer chegou e inigiu quase 99% dos jogadores”, reclama Gustavo Kuerten.
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