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Seca destrói lavouras de 220 mil famílias no Piauí

R7

O número de famílias com lavouras atingidas pela seca no Piauí chegou a 220 mil nesta quarta-feira (26). Até a última terça-feira (25), cerca de 135 mil famílias haviam sido afetadas. A estimativa é do diretor geral da Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí), Adalberto do Nascimento. Ele informou que a maioria dessas famílias pratica a chamada agricultura de subsistência e que parte delas - ele não soube precisar quantas - também vende a produção.

Segundo o diretor geral da entidade que apoio agricultores, a colheita de quase todo o Estado da safra deste ano foi atingida pela estiagem e as perdas na agricultura familiar são de aproximadamente 80%.

- Na agricultura familiar, em que há um nível tecnológico relativamente baixo, há bastante prejuízo. As pessoas perderam plantações de arroz, feijão, milho e mandioca.

Por causa da seca, ao menos 137 dos 224 municípios no Piauí decretaram situação de emergência. As cidades mais prejudicadas, segundo Nascimento, são as da região semiárida do Piauí, como São Raimundo Nonato e Paulistana. O assessor técnico da Defesa Civil, Espedito Soares, disse que o número deve aumentar, porque as chuvas pararam e não houve mais produção de grãos.

Para tratar das perdas da agricultura familiar, houve nesta semana uma reunião da Emater com o Ministério de Desenvolvimento Agrário. Uma proposta de suporte para as famílias prejudicadas foi enviado ao Ministério da Integração Nacional.

- Sugerimos uma bolsa de R$ 600 dividida em quatro parcelas para 130 mil famílias até o inverno do próximo ano, para que elas possam superar o momento crítico da seca.

Nascimento disse que o restante das famílias, 90 mil, possui seguros que garantem bolsa no valor de R$ 600 em quatro parcelas.

De acordo com o secretário da Defesa Civil do Estado, Chico Filho, obras já iniciadas pelo governo do Piauí devem resolver o problema de abastecimento de água em pelo menos 71 dos municípios do semiárido do Piauí. Segundo ele, isso será possível por meio de um programa de construção de adutoras. Com isso, Filho diz que nesses municípios não haverá mais necessidade de carro-pipa.
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