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Ex-ministro é condenado a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais

ABr

O ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, terá de pagar uma indenização de R$ 500 mil por danos morais ao empresário Carlos Francisco Ribeiro Jereissati, irmão do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Mendonça de Barros foi condenado por dizer que Carlos Jereissati seria o responsável pelo vazamento de conversas relativas à privatização da Telebras, em 1998.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é contrária ao entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, que absolveu Barros da acusação. O relator do recurso no STJ, desembargador convocado Vasco Della Giustina, argumentou que não faz sentido “dizer-se que o autor [Jereissati], homem calejado na vida de negócios, não foi atingido pelos fatos”.

Três semanas antes do leilão da Telebras, um grampo ilegal gravou conversas telefônicas entre o ex-ministro e o então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) André Lara Resende.

O escândalo do grampo do BNDES acabou gerando a saída de Barros e Resende dos respectivos cargos. As conversas grampeadas indicavam a participação de ambos em um esquema de favorecimento de empresas no leilão da Telebras.

Na época, Barros disse em entrevistas que Carlos Jereissati teria interesse na divulgação das conversas. O empresário era presidente do Conselho de Administração da Tele Norte (hoje Telemar), maior das holdings da privatização da Telebras.

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de Mendonça de Barros, mas os advogados do ex-ministro não foram encontrados para comentar o caso.
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