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Juiz pede ao STF ação contra Tuma por ocultação de cadáver

Terra

Em resposta ao Ministério Público Federal (MPF), o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, reencaminhou o ofício de 12 páginas que pede a abertura de ação penal por ocultação do cadáver do guerrilheiro Flávio Carvalho Molina, em 1972, contra o senador Romeu Tuma (PTB-SP) ao Supremo Tribunal Federal (STF). No último dia 11, o MPF pediu o arquivamento do inquérito da Polícia Federal (PF) contra o senador, referente à sua atuação no comando do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Dops).

Molina foi capturado pelo Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), morreu e teve a certidão de óbito expedida com um nome falso. Para Mazloum, Tuma sabia da documentação falsificada. No dia 11, a procuradora Cristiane Bacha Ganzian Casagrande, destacou em nota oficial "a ocorrência da prescrição punitiva estatal e a ausência de elementos suficientes para fundamentar a acusação dos delitos em exame".

O juiz da 7ª Vara, porém, considera que o crime não prescreveu pois os restos mortais de Molina foram identificados apenas em 2005, após a abertura do cemitério clandestino de Perus. A interpretação de Mazloum é inédita no âmbito Federal.
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