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Celso Amorim vai explicar acordo nuclear com o Irã no Senado

Terra

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado vai ouvir o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre qual é a posição brasileira quanto ao programa nuclear do Irã. A audiência pública está marcada para a próxima terça-feira, por sugestão do próprio Amorim.

O presidente da CRE, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que classifica como preocupante a aproximação do Brasil com o Irã, convocou todos os integrantes da comissão. De acordo com a Agência Senado, Azeredo tem dito que o presidente Mahmoud Ahmadinejad exibe um histórico pouco confiável, demonstrado no fato de que já quebrou acordos semelhantes ao assinado no último dia 17 de maio com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o primeiro-ministro da Turquia, Tyyiq Erdogan.

Azeredo aponta a "falta de democracia naquele país, o pouco respeito aos direitos humanos e a falta de cumprimento de acordos", como aspectos preocupantes para uma relação diplomática. Conhecido como Declaração de Teerã, o acordo sobre a troca de urânio foi negociado pelos chanceleres do Brasil, da Turquia e do Irã e depois avalizado pelos governantes dos três países. "Nunca pretendemos dizer que a Declaração de Teerã resolve todos os problemas. Mas, sim, que é uma medida de segurança", afirmou Celso Amorim, ao voltar ao País.

O acordo, por sinal, foi criticado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que, liderados pelos Estados Unidos, anunciaram um consenso para aplicar nova rodada de sanções contra o Irã. Parte da comunidade internacional, suspeita de que os iranianos continuam, de forma secreta, a desenvolver programa para fabricação de armas atômicas.
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