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Fila no MTU II

Do Internauta

O problema desta fila é o resultado de mais de 40 anos de incompetência em adequar o transporte coletivo brasileiro ás realidades do mudo atual. Na Europa, desde o início dos anos 60, o transporte público de uma cidade de médio ou grande porte é monitorado em tempo real através de sistemas inteligentes por especialistas altamente capacitados. Eu estou falando do “SAE” Sistema Automatizado de Exploração do Trânsito e Transporte Urbano. Em 1996, a ASSUT-MT, Associação dos Usuários de Transporte Coletivo do Estado de Mato Grosso, apresentou o sistema para o então candidato e futuro Prefeito da Capital que não entendi o recado. No entanto, para “fazer bonito” o improvisado Secretário de Transporte, recuperou a “bilhetagem eletrônica” que é apenas uma parte do sistema “SAE”. No ano passado, mais um Secretário improvisado percebeu finalmente que o sistema não é compatível com o rastreamento por “GPS”, apenas outra parte do “SAE” e resolveu mudar o sistema. É esta mudança que provoca as filas inumanas na MTU. Pior, o novo sistema, também, não é compatível com o “SAE” que deve ser utilizado na coleta e interpretação dos dados reais e nas simulações necessárias á elaboração do “Plano Setorial Estratégico de Transporte e Mobilidade do Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande”, exigência legal e incontornável para ter acesso aos recursos adequados á implantação de um transporte coletivo eficaz, digno e á preço social justo. No entanto, como representante da Associação dos Usuários, eu participei da reunião do dia 04 de Fevereiro e posse afirmar que o novo Secretário não aceitou falar de aumento antes de tomar conhecimento, não do problema de transporte, mas sim dos 100 problemas que ele encontrou na SMTU. O novo Secretário, também, não é especialista em transporte, mas tem a humildade de ouvir a gente para poder ir atrás de soluções em conhecimento das coisas. Agora sim, na reunião, o tema principal foi a fila que, conforme o próprio Secretário, não deveria ser problema da MTU, mas, da Prefeitura, da SMTU. Portanto, acabar com o drama oriundo de erros passados foi apontada como prioridade para todos os participantes da reunião, inclusivo do representante da MTU que está fazendo o possível para aliviar o sofrimento da população. Deve ser claro que fazer o possível não vai resolver o problema do transporte coletivo no aglomerado cuiabano atuando na mais total ilegalidade. A única solução reside na elaboração do “Plano Setorial Estratégico de Transporte e Mobilidade do Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande” que vai definir as soluções que devem ser aplicadas ou não, sistema “SAE”, “VLT”, vias segregadas, veículos adequados com piso baixo, estacionamentos periféricos, ciclovias ...etc. Depois de tantos anos de improviso, é a realização deste Plano que o novo Secretário parece ter a vontade de liderar. Para isso ele vai precisar da colaboração de todos o que pode virar realidade a partir da proposta da ASSUT-MT, colocada em prática no contexto do Consórcio “Pró Cuiabá 300 Anos” encarregado da elaboração do “Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico da Capital”. Jean M. Van Den Haute Diretor Técnico da ASSUT-MT
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