Depois de vários protestos de moradores do setor Nova Barra, finalmente a direção da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) de Barra do Garças embargou a obra que vinha aterrando uma erosão por onde passa uma mina de água (filete) que deságua no córrego Fundo. A denúncia foi ignorada pela Prefeitura Municipal que mantém parceria na construção de asfalto com a empresa Silgran, justamente a empreiteira que estava com caminhões e tratores jogando entulhos na erosão.

O diretor da Sema, Kleber Fabiano, informou que o embargo será mantido até que seja feito um estudo de impacto ambiental no lugar. A empresa Silgran alega que começou a realizar o serviço a pedido da adaministração municipal com intuito de acabar com a erosão, entretanto nega que sabia da existência da mina. O assunto foi parar no Ministério Público com denúncia encaminhada ao promotor Wesley Sanches Lacerda.

Os moradores afirmam que a mina sempre existiu no local e que a ocupação desordenada provocou acúmulo de lixo e entulhos perto da nascente. “Nós avisamos aos funcionários da empresa e fomos na prefeitura, mas ninguém nos atendeu. Fizeram alguma coisa agora, depois que a imprensa denunciou” agradece uma moradora de uma oficina mecânica perto da mina.

Uma situação semelhante ocorreu no bairro Vila Varjão, onde o lixo doméstico em meio a resto de construção estava criando um lixão no bairro e afetando a saúde pública como um córrego que desce da Serra Azul. Neste caso, a omissão foi tanto da Sema como da prefeitura, que somente agiu depois que foi notificada pelo Ministério Público cuja ação foi protocolizado pelo promotor Marcos Brant.