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Guardar bichos de pelúcia no freezer ajuda a evitar rinite

G1

Três em cada dez brasileiros sofrem com rinite alérgica, e essa estatística cresceu 30% nos últimos 20 anos.

O problema é hereditário. “Se um dos pais for alérgico, há 30% de chance de ter um filho alérgico. Se os dois foram alérgicos, sobe para 60%, 70%”, aponta a alergista Lilian Valle.

Ácaro e poeira são as principais causas de rinite em 80% dos pacientes. Por isso, a casa deve ser muito bem limpa, principalmente, o quarto, porque este é o cômodo onde passamos um terço do nosso dia.

Um colchão de casal chega a acumular dois milhões de ácaros. Uma dica barata para isolar este ácaro é encapar o colchão com plástico. O plástico também pode ser substituído por capas específicas, inclusive nos travesseiros.

Sem cortinas nem tapetes
“O ambiente foi adaptado para mim”, conta o estudante Marcello Carvalho.

Anos de crises alérgicas credenciaram Marcello e Silene a dar dicas do que fazer para evitar o problema. Com eles, deu certo eliminar as cortinas e tapetes de toda a casa, preferir edredom a cobertores, ter um cuidado especial com as roupas.

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Mudanças na umidade relativa do ar propiciam disseminação de doenças “Não posso pegar roupas guardadas há muito tempo em gavetas”, diz Marcello.

As roupas, de preferência, devem ser de algodão. A lã deve ser evitada. Na limpeza da casa, não se deve usar produtos com cheiro. A higienização deve ser feita só com água e álcool, usando pano úmido em tudo e todos os dias.

Quanto menos objetos na casa, melhor. Os móveis e o piso devem ser lisos. Deixar as janelas abertas para ventilar bastante também ajuda. Um ou outro bichinho de pelúcia é permitido, desde que sejam lavados com frequência ou colocados no freezer, pois a baixa temperatura mata o ácaro.

“É importante que a família toda colabore. Não adianta o alérgico ficar no quarto dele e não estar bem n sala”, aponta a especialista.

Segundo os médicos, esses cuidados em casa podem resolver oitenta por cento dos casos de rinite. Mas, se nada disso der certo, ainda há outros tratamentos, que incluem sprays nasais, antialérgicos e até vacinas. Tudo isso, contudo, deve ter acompanhamento médico.
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