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PSDB quer antecipar-se a Lula e cobra resposta de Osmar Dias

Terra

Nesta terça-feira (1), o senador Álvaro Dias (PSDB-PA) pretende conversar com o presidente da legenda, Sérgio Guerra, para definirem o que será feito no palanque do presidenciável tucano José Serra no Paraná. O ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) não arreda o pé de sua candidatura. Serra já interveio para tentar convencer Osmar Dias (PDT) a desistir do governo e entrar na coligação PSDB-DEM-PPS como senador. Enquanto isso, o presidente Lula chamou o governador em exercício e pré-candidato à reeleição, Orlando Pesutti (PMDB) para uma conversa.

Os tucanos calculam que Lula deve propor a Pesutti a desistência da candidatura e pretendem se antecipar à conversa entre Lula e o peemedebista, que acontecerá nesta quarta-feira (2), para questionar Osmar Dias (PDT) e evitar de ficarem a reboque do PT. Reservadamente, líderes tucanos acham que Lula deve convencer Pesutti e usam o caso de Ciro Gomes como exemplo. Portanto, querem ter uma resposta de Dias antes que o PT o proponha ser o cabeça de chapa do palanque da presidenciável Dilma Rousseff no Estado.

Álvaro Dias preferiu se distanciar da resolução do palanque no Estado. Inicialmente, colocou seu nome como possibilidade para reunir as legendas da coligação no Estado e acreditava na possibilidade de atrair seu irmão, Osmar Dias, para a vaga de senador. Segundo pessoas próximas ao tucano, Pessuti também se aproximava da candidatura de Álvaro.

Para o presidente estadual do PSDB, Valdir Luiz Rossoni, o PSDB tem mantido conversas frequentes com o PDT. "O PDT do Paraná e nós nos confundimos. Temos procurado construir essa aliança que na base está solidificada. Está caminhando bem", afirmou. O líder disse ainda que Osmar tem "respondido positivamente e dado bons sinais de que fechará o palanque" com os tucanos no Estado para eleger Beto Richa governador.

Osmar tem, segundo o presidente do PSDB no Paraná, "grande dificuldade de fazer acordo com o PT". "Sempre foram adversários no Estado", completou. "Osmar representa aqui o cooperativismo, ele é muito forte na área do agronegócio e esse setor não aceita o acordo entre Osmar e PT. O eleitor de Osmar não é o eleitor que se afina com o eleitor do PT".

Rossoni também acha pouco provável que o peemedebista Pessuti desista de sua candidatura e alega que Osmar aguarda apenas uma confirmação do PDT nacional para selar o acordo com os tucanos até mesmo antes da convenção estadual marcada para o dia 11 de junho. Os paranaenses conversaram com Serra e Guerra sobre o palanque. "O PDT nacional também tem se mostrado favorável ao acordo mesmo integrando a base do governo Lula", disse Rossoni.
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